Na quarta-feira (30), Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram condenados pelas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes após mais de seis anos de investigações e deliberações. Além da prisão, a condenação prevê que ambos deverão pagar indenizações para parentes das vítimas em um total que alcança R$ 3,5 milhões.
O crime, ocorrido em 14 de março de 2018, deixou marcas profundas na sociedade brasileira, evidenciando questões complexas relacionadas à violência e à democracia. As condenações dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz representam um importante passo no caminho da justiça, ainda que muitos questionamentos permaneçam abertos.
Ronnie e Élcio deverão pagar indenizações
Os valores são de R$ 706 mil de indenização por dano moral para o filho de Anderson, Arthur; para a viúva de Anderson, Ághata Arnaus; para a filha de Marielle, Luyara Franco; para a viúva de Marielle, Mônica Benício e para a mãe de Marielle, Marinete Franco. Os valores serão divididos entre os dois condenados.
Além das indenizações, os dois também terão que pagar uma pensão, até os 24 anos, para Arthur e também as custas do processo. A pensão será calculada com base no valor de 2/3 (dois terços) do salário percebido de Anderson, na época do crime.
Quem são os condenados
Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos, foi condenado a 78 anos e 9 meses de prisão. A condenação reflete a gravidade dos delitos cometidos, considerados pela promotoria como premeditados e planejados com fins políticos. Élcio Queiroz, que atuou como motorista do veículo usado no atentado, recebeu uma condenação de 59 anos e 8 meses de prisão.
Ainda há questões a serem respondidas sobre os mandantes do crime, uma vez que a investigação indicou que os envolvidos faziam parte de uma rede mais ampla de interesses. A busca por justiça continua, na esperança de identificar e punir todos os responsáveis.
Como a sociedade reagiu?
A condenação dos réus foi recebida com um misto de alívio e continuidade da luta por justiça completa. Organizações de direitos humanos, movimentos sociais e a população em geral clamam por maior transparência nas investigações e por respostas sobre o mandante do crime.
As famílias de Marielle e Anderson afirmam que a justiça só será plenamente alcançada com a identificação dos mandantes e a finalização de todas as etapas judiciais. O caso continua sendo um símbolo na luta por direitos humanos e justiça social no Brasil.
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