No meio de uma multidão ansiosa e vigilante, o caso de Marielle Franco, vereadora carioca assassinada, conquistou os holofotes internacionais e gerou uma onda de indignação global. Marielle, morta a tiros, representava não apenas uma ativista comprometida, mas um símbolo de resistência contra a corrupção e a violência policial no Brasil. O clamor por justiça foi ecoado amplamente pela imprensa internacional, refletindo a importância do caso.
Após dois dias de júri popular, nesta quinta-feira, 31, uma decisão significativa foi revelada: os acusados pelo assassinato de Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram finalmente condenados. Este veredito foi amplamente divulgado por veículos como o ‘The Guardian’, que destacaram tanto o impacto do crime quanto a persistente busca por justiça que se estendeu por anos.
“O crime foi um dos assassinatos mais chocantes e de maior destaque na história do Rio: Franco, uma mulher negra e gay, era uma estrela política em ascensão e uma crítica aberta da violência policial e da corrupção”, afirmou o texto do ‘The Guardian’.
Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, ambos ex-policiais militares, foram os encarregados pela execução do crime. Segundo as investigações, Lessa foi quem disparou os tiros, enquanto Queiroz levou a dupla até o local do crime. Os delitos foram categorizados como homicídio triplamente qualificado, marcados por motivos torpes, emboscada e mecanismos que dificultaram a defesa das vítimas.
Emocionante a leitura da condenação dos ass4ssinos da Marielle. 78 anos Ronnie Lessa e 59 anos Elcio. Que porrada da juíza. pic.twitter.com/DC7EBm6eOM
— GugaNoblat (@GugaNoblat) October 31, 2024
O julgamento do caso Marielle e o veredito
O julgamento reuniu diversos seguidores, entre eles familiares das vítimas e representantes de instituições que participaram das investigações. Durante os depoimentos, a frieza dos acusados ao narrar o crime profundo os familiares das vítimas. O processo também suscitou discussões mais amplas sobre a influência do crime organizado dentro da estrutura estatal, especialmente no Rio de Janeiro.
O caso de Marielle Franco se destaca muito além de um trágico evento criminoso. Tornou-se um emblema na luta pelos direitos humanos e pela igualdade racial e de gênero no Brasil. A condenação dos envolvidos representa não apenas um passo em direção à justiça para as vítimas, mas abre discussões essenciais sobre a integridade das instituições públicas e a segurança dos ativistas sociais.
A condenação de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz não encerra o capítulo final do caso. Há uma fervorosa expectativa sobre a identificação e punição dos mandantes do crime, um ponto crucial que ainda demanda esclarecimentos. Enquanto isso, a mobilização nacional e internacional em torno deste caso exige esforços contínuos para que narrativas parecidas não se repitam futuramente, mantendo viva a memória de quem se foi e reforçando o compromisso com mudanças reais no sistema socioeconômico e político.