O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro foi de 0,56% e ficou 0,12 ponto percentual acima da taxa de setembro (0,44%). O aumento foi impulsionado principalmente pelo encarecimento da energia elétrica residencial e das carnes. A meta de inflação para o ano foi estipulada entre 1,5% e 4,5%. Os dados são do IBGE e foram divulgados nesta sexta-feira (8).
Os setores de Habitação e Alimentação e Bebidas foram os principais responsáveis pelo incremento na inflação do mês, com acréscimos de 1,49% e 1,06% respectivamente. O aumento no custo da energia elétrica e dos produtos cárneos tem sido os fatores mais decisivos, causando impacto direto no orçamento familiar e na economia do país.
A energia elétrica impacta e o IPCA
A alta de 4,74% na energia elétrica residencial foi um dos principais influentes no IPCA de outubro, segundo o g1. Este aumento foi resultado da aplicação da bandeira tarifária vermelha 2, que impôs uma taxa adicional de R$ 7,877 para cada 100 kWh consumidos. Essa medida visa cobrir os custos adicionais na geração de energia durante períodos de seca, mas acaba pesando no bolso do consumidor.
Como a crise nas carnes afeta o índice?
Os preços das carnes tiveram um aumento expressivo de 5,81% em outubro, representando o segundo maior impacto individual no IPCA do mês, com 0,14 ponto percentual. Este aumento é atribuído a mudanças climáticas adversas, redução do rebanho disponível para abate e maior volume de exportações, limitando a oferta no mercado interno.
Esta situação de escassez e pressão na oferta de carnes potencializa o desequilíbrio entre demanda e oferta, resultando em preços mais altos que afetam diretamente o gasto com alimentação, uma das categorias mais essenciais para as famílias.
Quais foram os outros setores afetados pela inflação?
Além dos setores mencionados, outros aspectos do IPCA de outubro de 2024 apresentaram variações que merecem atenção. Confira as variações dos setores que compõem o índice:
- Artigos de residência: alta de 0,43%;
- Vestuário: aumento de 0,37%;
- Transportes: redução de 0,38%, aliviando um pouco o índice geral;
- Saúde e cuidados pessoais: crescimento de 0,38%;
- Despesas pessoais: elevação de 0,70%, refletindo mudanças nos padrões de consumo;
- Educação: leve ajuste de 0,04%;
- Comunicação: aumento de 0,52%.
De agosto p/ setembro, a produção industrial cresceu 1,1%, com alta em 7 dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, do #IBGE: https://t.co/XLbbKqCT0q
As maiores altas foram em ES, GO, SC e RS, enquanto CE, AM e PE registraram as maiores quedas. pic.twitter.com/YUsBS5QMQy
— IBGE Comunica (@ibgecomunica) November 7, 2024
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