No último sábado, 9, durante um show em São Paulo, Ludmilla e Brunna Gonçalves revelaram uma emocionante novidade: o casal está à espera de um bebê, concebido através de fertilização in vitro. A notícia emocionante foi compartilhada com o público durante a turnê “Numanice 3”. Já no domingo seguinte, em uma entrevista ao programa Fantástico, as duas ofereceram mais detalhes sobre a decisão de formar uma família e o processo escolhido para isso.
O método escolhido por Ludmilla e Brunna é conhecido como Ropa, ou “recepção de oócito da parceira”. Essa técnica permite que ambas as parceiras participem ativamente do desenvolvimento do bebê, promovendo uma experiência de maternidade compartilhada. No caso delas, o óvulo de Ludmilla foi fertilizado com esperma doado e transferido para o útero de Brunna, que será a responsável por gerar a criança.
Método ropa
A fertilização in vitro, especialmente através do método Ropa, oferece uma forma inovadora de concepção para casais homoafetivos femininos. Essa técnica envolve a coleta dos óvulos de uma das parceiras, que são então fertilizados em laboratório com um espermatozoide doado. Em seguida, os embriões resultantes são inseridos no útero da outra parceira, possibilitando que ambas tenham um papel biológico e emocional importante no processo.
Esse procedimento é particularmente significativo para casais que desejam compartilhar a experiência da maternidade não apenas emocionalmente, mas também fisiologicamente. Apesar de a carga genética do bebê provir totalmente da parceira que forneceu os óvulos, o desenvolvimento no útero da segunda parceira contribui com influências epigenéticas, que podem afetar características como a personalidade.
Deus, vai livrando esse bebê de todo preconceito, todo racismo, toda homofobia, que a Ludmilla e a Brunna seja felizes eternamente, amém!
pic.twitter.com/P2CHlsR2GM— SOLON PRA VC (@solonpravc) November 9, 2024
Importância do método para casais homoafetivos
O método Ropa se destaca ao proporcionar maior envolvimento para casais de mulheres na jornada da maternidade. Desde que a fertilização in vitro se tornou uma prática legal e acessível para casais homoafetivos no Brasil, em 2015, muitas famílias têm buscado essa solução para construir suas famílias de maneira inclusiva e empoderadora.
A escolha de utilizar o método Ropa pode ser motivada tanto por preferências pessoais quanto por orientações médicas. Em casos onde uma das parceiras tem problemas nos ovários ou existe risco de doenças hereditárias, o método Ropa pode ser uma alternativa mais segura e eficaz, garantindo a saúde tanto da mãe quanto do bebê em desenvolvimento.
Riscos e complicações
Tal como qualquer procedimento médico, a fertilização in vitro possui riscos e complicações potenciais. Um dos riscos conhecidos é a gestação múltipla, que pode ser minimizada transferindo apenas um embrião por vez, reduzindo a chance de gravidez gemelar e os riscos associados, como prematuridade e complicações para a gestante.
Outra complicação menos frequente, mas mais grave, é a síndrome de hiperestímulo ovariano. Essa condição ocorre em raras ocasiões quando há uma produção excessiva de óvulos, podendo ser perigosa para a saúde da mulher. No entanto, técnicas e protocolos rigorosos são implementados para minimizar essas ocorrências.
A duração total do processo de fertilização in vitro pode variar dependendo de cada caso específico. Em média, desde a estimulação dos ovários até a coleta dos óvulos, leva cerca de duas semanas. Os embriões são então cultivados entre cinco a sete dias, e, se desejado, podem ser submetidos a análises genéticas, prolongando o processo.
Com embriões transferíveis, o preparo uterino para transferência pode levar até um mês, permitindo uma transferência a fresco ou controlada, garantindo a melhor chance de sucesso. Após a transferência, o resultado da gravidez é esperado em cerca de 15 dias.