A recente controvérsia em torno da música “+57”, lançada por Karol G, gerou debates acalorados, inclusive a manifestação do presidente da Colômbia, Gustavo Petro. A canção, divulgada inicialmente no dia 7 de setembro, chamou atenção por sua letra, que causou desconforto devido a um trecho considerado inadequado.
Em “+57”, Karol G reuniu talento e peso do reggaeton colombiano, incluindo J Balvin e Maluma, o que prometia uma celebração enérgica ao espírito colombiano. Contudo, parte da letra, que mencionava uma “mamacita desde los fourteen” (em tradução livre, seria “um mulherão desde os quatorze”), levou a uma enxurrada de críticas por supostamente insinuar a sexualização de menores.
Quién en su sano juicio dejaría a una niña cantar canciones de @karolg y llevarla a un concierto? no pasa de los 10 años y ya cantando canciones llenas de letras alusivas al sexo y drogas. 😒
Aquí la prueba porque es un peligro canciones como +57 pic.twitter.com/eGOWcxKTf6
— sólo digo (@tintinq15) November 12, 2024
Qual foi a reação das autoridades e da crítica?
A letra da música foi amplamente criticada pela imprensa colombiana, que destacou sua potencial contribuição para problemas sérios, como o turismo sexual e o abuso de menores. A situação ganhou ainda mais atenção após a revista “Rolling Stone” se referir à canção como um “desastre”.
O presidente Gustavo Petro entrou no debate ao republicar, no X (antigo Twitter), uma crítica sobre o trecho, enfatizando a importância de reflexões culturais profundas sobre o que a juventude enfrenta em seu dia a dia. Outras figuras públicas também expressaram preocupações sobre o impacto negativo que letras desse tipo podem ter na sociedade.
Como Karol G e as autoridades responderam às críticas?
Diante da repercussão adversa, Karol G rapidamente alterou a letra. O verso originalmente polêmico foi transformado para “una mamacita desde los eighteen”, mudando a conotação do trecho. A assessora presidencial para Direitos Humanos, Lourdes Castro García, ressaltou a responsabilidade dos artistas em proteger o bem-estar de jovens, clamando por alternativas construtivas sem censura.
Além disso, o Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar já havia expressado sua desaprovação, afirmando que a canção promovia conteúdos que poderiam influenciar negativamente as crianças e adolescentes da Colômbia.
Através do Instagram, Karol G buscou esclarecer que a intenção da música era unir as pessoas e não ofender. Em um gesto de humildade, ela reconheceu os erros, assumiu a responsabilidade pelo incidente e pediu desculpas publicamente, enfatizando o aprendizado com a situação.