RIO DE JANEIRO

Lula abre o G20: combate à fome, clima e reforma de organizações internacionais estão na agenda

No domingo (17), o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu a modernização das estruturas de governança global e disse que a composição atual do Conselho de Segurança, em que somente 5 países têm poder de veto, reflete um mundo antigo. "As ameaças que enfrentamos hoje são interconectadas e internacionais. Mas as instituições globais de resolução de problemas precisam desesperadamente de uma atualização, não menos importante o Conselho de Segurança, que reflete o mundo de 80 anos atrás", disse.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandará, como anfitrião, as reuniões do G20 – Crédito: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comanda o encontro de líderes do G20 que começa nesta segunda-feira (18) no Rio de Janeiro com foco em três temas: o combate à fome, a mudança climática e a reforma das instituições de governança global, como a Organização das Nações Unidas (ONU).

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O encontro na capital fluminense terá a presença de líderes de 19 países, além de representantes da União Europeia e da União Africana, destacando seu alcance e influência. As discussões visaram criar uma declaração conjunta, abordando temas controversos como o conflito entre Rússia e Ucrânia e propostas de taxação de grandes fortunas, além de temas urgentes como a emergência climática.

Desafios atuais do G20

Entre os desafios enfrentados pelo G20 estão as tensões geopolíticas e a crescente desigualdade econômica. O conflito em andamento entre a Rússia e a Ucrânia é um ponto de discórdia significativo, refletindo em debates sobre segurança energética e alianças diplomáticas. Além disso, a desigualdade global, exacerbada por crises econômicas e a pandemia de COVID-19, continua a ser uma prioridade na agenda do grupo.

Outro tema premente é a reforma da governança global. Líderes como o presidente brasileiro têm defendido uma atualização das instituições internacionais, como o Conselho de Segurança da ONU, para refletir melhor o cenário político atual, que é consideravelmente diferente do contexto em que muitas dessas instituições foram criadas.

No domingo (17), o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu a modernização das estruturas de governança global e disse que a composição atual do Conselho de Segurança, em que somente 5 países têm poder de veto, reflete um mundo antigo.

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“As ameaças que enfrentamos hoje são interconectadas e internacionais. Mas as instituições globais de resolução de problemas precisam desesperadamente de uma atualização, não menos importante o Conselho de Segurança, que reflete o mundo de 80 anos atrás“, disse.

Lula e o combate à fome em nível global

Uma das principais iniciativas promovidas pelo governo Lula na liderança do G20 é a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Essa aliança visa implantar políticas de transferência de renda e incentivo à agricultura familiar. Até o momento, diversos países, incluindo potências econômicas como a Alemanha, aderiram ao projeto.

Os objetivos incluem alcançar milhões de pessoas por meio de programas de transferência de renda e expandir as merendas escolares para crianças.

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Os números impressionam: a aliança se propõe a beneficiar 500 milhões de pessoas, proporcionando a elas uma rede de segurança alimentar e econômica. Ao mesmo tempo, busca levar serviços de saúde a milhões de mulheres e crianças, abordando desigualdades que muitas vezes passam despercebidas nas grandes discussões globais.

O G20  e as discussões sobre mudanças climáticas

O papel do G20 na discussão sobre mudanças climáticas tem ganhado importância, especialmente considerando a responsabilidade das grandes economias na emissão de gases de efeito estufa. Durante o recente encontro, serão enfatizadas as contribuições que o desenvolvimento urbano sustentável e a transição energética podem dar na mitigação desses efeitos.

Leia mais: Encontro do G20: Bolsonaro fica fora de fotografia de líderes na Fontana de Trevi

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