A Marinha do Brasil emitiu um aviso especial notificando sobre a potencial formação de um ciclone subtropical na fronteira entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai. Este fenômeno é esperado para ocorrer entre 15 e 17 de dezembro, conforme indicam modelos atmosféricos de entidades internacionais.
A previsão menciona que a pressão atmosférica central pode cair para valores abaixo de 1000 hPa, o que pode gerar condições para ventos intensos e instabilidade significativa na região. O alerta destaca o risco aumentado dessas condições meteorológicas adversas impactarem a área costeira.
Qual o impacto dos ciclones subtropicais no Brasil?
Os ciclones subtropicais são sistemas de baixa pressão que se formam sem conexão direta com frentes frias. No Hemisfério Sul, eles giram no sentido horário, criando um núcleo central mais quente do que o ambiente ao seu redor. Essa característica torna a atmosfera mais propensa a tempestades e alterações climáticas significativas.
Esses ciclones geralmente apresentam ventos entre 63 km/h e 118 km/h. No Brasil, tais fenômenos são considerados raros e tratados como especiais pela Marinha, que é a única autoridade a poder nomear esses sistemas quando atingem a costa.
Chuvas e ventos fortes: o que esperar no Sul do Brasil?
Mesmo sem a formação completa do ciclone, a previsão de baixa pressão pode causar chuvas fortes e ventos intensos na região sul do país. As condições de mar agitado são esperadas entre a costa do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, levando a um aviso de ressaca, com ondas podendo chegar a 2,5 metros nos próximos dias.
O aquecimento do Atlântico Sul favorece ciclones?
As águas do Oceano Atlântico Sul têm registrado temperaturas acima da média nos meses anteriores, o que proporciona condições favoráveis para a formação de ciclones. Esse aquecimento anômalo, embora um pouco reduzido em dezembro, ainda continua a fornecer energia suficiente para o desenvolvimento desses fenômenos, exigindo atenção e monitoramento constante.
O próximo ciclone subtropical no Brasil se chamará Biguá?
No Brasil, a Marinha é responsável por nomear os ciclones subtropicais que se formam ao longo da costa. Em 2024, o ciclone Akará foi o único a se formar até o momento. Caso o atual sistema se intensifique, ele receberá o nome de Biguá, seguindo a tradição de usar termos da fauna local para a nomenclatura.
Esses avisos são essenciais para que as comunidades costeiras possam se preparar adequadamente, minimizando os possíveis danos e perigos associados a essas condições meteorológicas extremas.
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