Mudanças no salário mínimo e PIS/Pasep afetam 53 milhões de brasileiros

Mudanças no salário mínimo e PIS/Pasep afetam 53 milhões de brasileiros
Dinheiro – Créditos: depositphotos.com / joelfotos

Recentemente, o Congresso Nacional aprovou um conjunto de medidas que alteram significativamente o cenário dos benefícios sociais no Brasil, especialmente o salário mínimo e o abono salarial PIS/Pasep. Essas mudanças, propostas pelo governo Lula, devem impactar diretamente uma população estimada em 53 milhões de brasileiros. Entre as alterações mais notáveis estão a modificação do teto salarial para o recebimento do abono e o ajuste das regras de reajuste do salário mínimo.

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As novas regras entrarão em vigor ao longo dos próximos anos e devem trazer um impacto significativo nos rendimentos dos trabalhadores. Em especial, as mudanças visam ajustar as contas do governo e alinhar o crescimento dos benefícios sociais ao desempenho econômico, aplicando restrições que prometem reestruturar a distribuição de recursos.

O que muda no Abono Salarial PIS/Pasep?

Uma das principais mudanças refere-se ao limite de renda para se qualificar ao abono salarial PIS/Pasep. Atualmente, trabalhadores do setor privado e servidores públicos que recebem até dois salários mínimos têm direito ao benefício, considerando sempre o ano-base de dois anos anteriores. Assim, para 2025, a expectativa é que trabalhadores com renda até R$ 2.640 tenham direito ao abono. No entanto, essa realidade está prestes a mudar.

A partir de 2026, o teto salarial para acessar o benefício começará a cair gradativamente. O valor será ajustado somente pela inflação até que atinja o equivalente a 1,5 salário mínimo. Uma vez atingido esse patamar, apenas os trabalhadores que ganham até 1,5 salário mínimo terão direito ao benefício, um ajuste que afeta diretamente milhões de brasileiros.

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Notas de 50 reais – Créditos: depositphotos.com / rmcarvalhobsb

Como ficarão os reajustes do salário mínimo?

A proposta de alteração no reajuste do salário mínimo é outra das medidas do pacote de corte de gastos. Até então, o piso nacional era atualizado conforme a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acrescido do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Com a nova regra, o aumento real do salário mínimo ficará limitado a uma faixa entre 0,6% a 2,5% acima da inflação, dependendo das receitas anuais.

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  • Para o ano de 2025, por exemplo, está projetada uma taxa de 2,5%.
  • O piso atual passaria de R$ 1.412 para R$ 1.518 no próximo ano.
  • Comparativamente, pela regra anterior, o aumento seria para R$ 1.528.

Essa mudança, aparentemente pequena, resulta em uma economia de aproximadamente R$ 7 bilhões para o governo, mas também implica em um poder de compra reduzido para os assalariados, intensificando o impacto social das medidas.

Quem será afetado pelas novas regras?

As mudanças propostas irão afetar principalmente os trabalhadores que estão no limite do atual teto do abono salarial e aqueles que recebem salários próximos ao mínimo. Ao todo, 25,8 milhões de trabalhadores esperam receber o benefício, mas cerca de 1,3 milhão enfrentará um impacto duplo, pois estão com rendimentos que os colocam próximos ao corte do novo limite.

Essas alterações refletem a busca do governo por um equilíbrio fiscal mais efetivo, mas também levantam questões sobre a proteção social e econômica dos trabalhadores mais vulneráveis. Conforme as novas regras entrarem em prática, a adaptação se tornará crucial para os beneficiários confiarem nos recursos estatais e ajustarem suas finanças pessoais às novas realidades.

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