
O Relatório de Identidade e Fraude 2025, divulgado pela Serasa Experian, revela que mais da metade dos brasileiros foram vítimas de fraudes no último ano. Dentre os afetados, uma significativa parcela sofreu prejuízos financeiros. Este levantamento, que abrangeu todas as regiões do país, destaca a crescente sofisticação dos golpes e a importância de medidas preventivas.
Os dados coletados mostram que o uso indevido de cartões de crédito é o golpe mais comum, seguido por transações fraudulentas via Pix e técnicas de phishing. A pesquisa entrevistou 877 pessoas, com idades entre 18 e 65 anos, e possui uma margem de erro de 3,4%. Os resultados apontam para a necessidade de maior conscientização e segurança nas transações financeiras.
Quais são os principais tipos de fraudes enfrentadas pelos brasileiros?
O relatório identifica três principais tipos de fraudes que afetam os brasileiros. O uso indevido de cartões de crédito lidera com 47,9% dos casos, seguido por boletos falsos e transações fraudulentas via Pix, que representam 32,8%. Além disso, o phishing, que envolve o roubo de dados através de e-mails e mensagens fraudulentas, afeta 21,6% dos entrevistados.
Esses golpes não apenas causam perdas financeiras, mas também geram desconfiança nos sistemas de pagamento. A pesquisa destaca que, entre os que sofreram prejuízos, a maioria perdeu entre R$ 100 e R$ 1.000. Este cenário reforça a importância de práticas seguras e vigilância constante para evitar tais situações.
Como a tecnologia está sendo utilizada para fraudes e segurança?
A tecnologia desempenha um papel duplo no contexto das fraudes. Por um lado, ferramentas como a biometria facial estão se tornando mais comuns, aumentando a segurança das transações. O uso dessa tecnologia cresceu de 59% para 67% entre 2023 e 2024, com 71,8% dos entrevistados afirmando se sentir mais seguros ao utilizá-la.
Por outro lado, criminosos estão empregando inteligência artificial para criar perfis falsos e sofisticar ataques de phishing. Tecnologias como deepfakes são usadas para criar imagens e vídeos falsos, aumentando a complexidade das fraudes. Isso destaca a necessidade de constante atualização das medidas de segurança.
Qual é o impacto do compartilhamento de dados pessoais nas fraudes?
O compartilhamento de dados pessoais é um fator crítico no aumento das fraudes. Em 2024, 16,3% dos entrevistados relataram ter documentos roubados ou perdidos, o que pode ser um ponto de partida para fraudes. Além disso, 19% admitiram compartilhar dados pessoais com terceiros, principalmente em compras online, abertura de contas bancárias e obtenção de empréstimos.

Essas práticas expõem os consumidores a riscos significativos, reforçando a necessidade de cautela ao fornecer informações pessoais. A conscientização sobre a segurança dos dados é essencial para reduzir a vulnerabilidade a fraudes.
Quais são as iniciativas para combater fraudes no Brasil?
Recentemente, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), lançou a Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias e Digitais. Esta iniciativa visa tanto a prevenção quanto a repressão de golpes e crimes online, fortalecendo a segurança dos consumidores.
Além disso, o estudo da Serasa Experian destaca a importância de as empresas aprimorarem suas tecnologias de prevenção à fraude. A combinação de diferentes tecnologias pode reforçar a segurança e aumentar a confiança nos serviços digitais, protegendo os consumidores em toda a sua jornada.
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