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Líder na exportação de carne de frango, Brasil se previne contra a gripe aviária

Published 06/03/2023
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Carne de frango - Crédito: Canva Fotos

O Brasil é lider na exportação mundial de carne de frango representando 35% deste mercado total. O país exporta o produto para mais de 100 diferentes nações. Parte desta relevância no setor da proteína se deve ao alto nível de controle sanitário de toda a cadeia produtiva. Por isso, embora o país veja com preocupação os casos de gripe aviária na Argentina, não há motivos para acreditar que a doença possa chegar e se alastrar em território brasileiro.

O controle sanitário é rígido. Para entrar em uma granja, é necessário vestir uma roupa especial dos pés à cabeça, retirar qualquer adorno do corpo, calçar proteção específica e passar os sapatos em um produto para desinfecção. Este cuidado extremo, com o mínimo de contato possível com as aves, faz da sanidade animal brasileira ser diferenciada.

O analista de mercado, Fernando Iglesias explica, em entrevista à Exame, que o Ministério da Agricultura e Pecuária e órgãos regionais estão redobrando atenção nas zonas de risco, ainda mais no Sul do país. “Não há caso nenhum no Brasil e não dá para colocar pânico no mercado. Basicamente, o Brasil segue os principais protocolos de biosseguridade e é muito difícil que nas granjas comerciais tenha essa ocorrência”.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção de carne de frango do Brasil em 2023 está estimada entre 14,6 milhões e 14,75 milhões de toneladas, o que poderia representar crescimento de até 2% ante 2022.

No caso das exportações, Fernando Iglesias diz que é esperado o embarque de 4,8 milhões de toneladas de carne de frango ao longo de 2023. A Argentina, onde já houve confirmação da gripe aviária, exporta a quantidade menos expressiva de 200 mil toneladas. Agora, mediante a doença, o fechamento de um mercado próximo pode favorecer o mercado nacional.

Atualmente os maiores exportadores de carne de frango por volume são Brasil, Estados Unidos e União Europeia. Juntos, representam 71% das exportações de carne de frango. Estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetam que essa configuração deve se manter estável até 2031.

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