Quando Donald Trump prometeu reforçar medidas contra a imigração, o presidente dos Estados Unidos não estava mentindo. Sua administração iniciou o processo de deportação em massa nesta semana, retirando centenas de pessoas do país através de aviões militares. Com os brasileiros, não foi diferente. Um avião com 158 deportados estava previsto para chegar em Belo Horizonte na noite de sexta-feira (24). Entretanto, por causa de problemas técnicos na aeronave, o voo parou em Manaus e os passageiros precisaram dormir lá.
O que aconteceu?
O voo com 158 pessoas deportadas, 88 delas sendo brasileiras, enfrentou complicações técnicas enquanto retornava ao Brasil. O incidente ocorrido no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, destacou os desafios enfrentados em operações de deportação.
A situação específica envolveu uma tentativa de reabastecimento do voo da companhia americana GlobalX, que havia sido desviado para Manaus. Durante esse processo, um problema técnico no sistema de ar condicionado da aeronave gerou desconforto entre os passageiros, resultando em tumultos e, eventualmente, na paralisação do voo.
Quais são os desafios logísticos em grandes deportações?
Operações de deportação em larga escala, como a que ocorreu em Manaus, envolvem uma série de desafios complexos. O cancelamento do voo destacou a importância de planejar adequadamente esses eventos para evitar complicações semelhantes. O desvio do avião para Manaus foi inicialmente planejado apenas como uma escala para reabastecimento. No entanto, com problemas técnicos graves, a aeronave ficou impossibilitada de continuar a viagem.
A administração do aeroporto e as autoridades envolvidas tiveram que responder rapidamente à situação. A tripulação decidiu que não seria seguro retomar o voo sem que os problemas fossem solucionados, o que levou ao cancelamento da continuação para Belo Horizonte. Esta decisão sublinha a importância da segurança e das condições operacionais seguras em tais circunstâncias.
Como as autoridades brasileiras responderam ao incidente?
Com os deportados temporariamente alojados no terminal do aeroporto de Manaus, a resposta das autoridades locais foi crucial. A Polícia Federal foi prontamente chamada para auxiliar no manejo da situação, coordenando esforços com a prefeitura de Manaus para fornecer suporte básico aos passageiros.
Paralelamente, houve comunicação contínua com autoridades americanas para organizar um voo substituto. A expectativa era que uma nova aeronave fosse disponibilizada ainda naquele dia para completar a viagem até Belo Horizonte, garantindo que os deportados pudessem voltar ao país de forma segura e digna.
Enquanto aguardavam a nova aeronave, os deportados receberam assistência humanitária coordenada pela prefeitura de Manaus. Colchões foram distribuídos para permitir um descanso mínimo adequado no terminal, e galões de água foram disponibilizados para manter a hidratação no calor da região. Adicionalmente, diversos departamentos municipais foram acionados para assegurar que as necessidades básicas dos passageiros fossem atendidas até a resolução da situação.
✈️EM MANAUS🇧🇷🇺🇸
Assim ficaram os primeiros 88 brasileiros deportados pelos Estados Unidos. O avião tinha como destino Belo Horizonte, mas a aeronave precisou de manutenção e o voo para a capital mineira foi cancelado. Governo do Amazonas precisou ajudar com o básico enquanto eles… pic.twitter.com/jh0SMW13R5— Mário Adolfo Filho (@marioadolfo) January 25, 2025
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