Depoimentos adiados
Os três réus seriam ouvidos no dia 17 de abril, por uma videoconferência em uma sessão da audiência de instrução e julgamento que ocorria em Tabatinga. Porém, alegando que os réus precisavam ser ouvidos por videoconferência reservada, a defesa pediu o adiamento dos depoimentos.
Amarildo, Jefferson e Oseney da Costa chegaram a aparecer na tela da audiência, mas não foram ouvidos. Na sexta-feira (5), o juiz Fabiano Verli, responsável pelas audiências de instrução do caso, proibiu qualquer monitoramento das conversas entre os advogados e os três presos.
Retomada das oitivas
No dia 11 de abril, a Justiça Federal do Amazonas retomou as oitivas para colher depoimentos de testemunhas no caso do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, do jornal The Guardian, ocorrido em junho de 2022.
Realizadas em Tabatinga (AM), as audiências haviam sido suspensas no final de fevereiro, depois de sucessivos atrasos na agenda, ocasionados por problemas na conexão da internet.
Entenda o caso
Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos nas proximidades da Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas. Eles articulavam um trabalho conjunto para denunciar crimes socioambientais na região do Vale do Javari, onde há a maior concentração de povos isolados e de contato recente do mundo.
Na Terra Indígena Vale do Javari, encontram-se 64 aldeias de 26 povos e cerca de 6,3 mil pessoas. Dom Phillips pretendia publicar um livro sobre as questões que afetam o território e fazia apurações das informações, com esse objetivo, na época do crime.
* Texto com supervisão de Lilian Coelho