suposta coação

Caso Vitória: Maicol diz ter sido pressionado em “banheiro sujo” a confessar crime

Maicol Antonio Sales dos Santos afirma ter sido coagido por policiais a confessar o assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos.
Maicol afirma ter sido coagido por policiais a confessar o assassinato de Vitória – Crédito: Reprodução

Maicol Antonio Sales dos Santos, preso desde 8 de março, afirma ter sido coagido por policiais a confessar o assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos. A suposta coação, segundo ele, ocorreu após a saída de seus advogados da delegacia, por volta das 20h30.

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O relato aponta que ele foi levado para um “banheiro sujo” dentro da unidade policial. Ali, teria sido ameaçado com a possibilidade de sua mãe e esposa serem envolvidas na investigação, caso não “colaborasse”.

Maicol contesta investigação e nega confissão fora da presença de advogados

A defesa nega que tenha havido qualquer confissão válida por parte de Maicol. Em nota, os advogados reforçam que não houve admissão de culpa e que “até o presente momento, não houve confissão de autoria ou participação por parte do cliente”. Segundo eles, qualquer declaração obtida sem a presença da defesa “ofende a legislação processual”.

Os advogados também criticam a condução do interrogatório, alegando falta de comunicação prévia e apontando a ilegalidade de um pedido de exame psiquiátrico feito sem autorização judicial. De acordo com a equipe de defesa, o artigo 149, parágrafo 1º, do Código de Processo Penal, exige ordem judicial para esse tipo de procedimento.

Para os defensores, não é o momento adequado para discutir a validade da confissão. Eles argumentam que Maicol ainda é apenas investigado, não réu, e que o conteúdo das declarações deve ser analisado no decorrer do processo judicial.

Investigação aponta obsessão

Vitória, moradora de Cajamar, na Grande São Paulo, desapareceu em fevereiro. O corpo foi localizado cerca de uma semana depois com sinais de violência. Nove celulares foram apreendidos na apuração, que usou um software israelense para recuperar mensagens apagadas.

A polícia considera o caso praticamente solucionado. No celular de Maicol, foram encontradas imagens de Vitória e de outras jovens, além de mensagens que indicam uma fixação pela adolescente. Em seu depoimento, ele expressa preocupação com testemunhas que viram seu carro nas proximidades do local do crime.

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Apesar da confissão registrada, a motivação ainda é incerta. O suspeito teria afirmado que foi ameaçado pela vítima. A polícia, no entanto, busca mais provas que sustentem essa versão como verdadeira.


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