mobilidade urbana

Chuvas no RS: Ponte construída após enchente é levada por correnteza

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Ponte provisória foi levada pela correnteza do Rio Caí três meses após sua inauguração – Créditos: Reprodução/Redes Sociais

Uma ponte provisória construída em Feliz, município a cerca de 80 km de Porto Alegre, foi levada pela correnteza do Rio Caí nesta quinta-feira (2). A havia construção havia sido concluída em agosto de 2024, após a destruição de uma estrutura anterior pelas enchentes em maio.

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Construída com o apoio de moradores, empresas privadas e autoridades locais, a ponte era crucial para conectar diferentes partes da cidade e manter o trânsito de veículos pesados. O prefeito de Feliz, Júnior Freiberger, destacou a importância estratégica da ponte, afirmando que sem ela não há um meio direto para ligar os dois lados do município. “Isso não afeta somente a mobilidade da cidade, mas de toda a região. E me arisco a dizer do estado”, disse.

A situação exigiu a busca por caminhos alternativos, como através de Vale Real ou Bom Princípio, resultando em trajetos mais longos, cerca de 20 km adicionais.

Como a ponte provisória foi construída

A ponte provisória foi o resultado da cooperação entre a comunidade local, o setor privado e o governo. A estrutura era composta por nove contêineres reforçados com materiais metálicos, oferecendo uma solução rápida e eficaz para a urgência da situação. Após a enchente de maio, esta construção emergencial foi rapidamente colocada em prática, permitindo retomar parte da normalidade nos deslocamentos e no transporte de mercadorias na região.

Apesar dos esforços e da engenharia envolvida, as chuvas intensas do início do ano fizeram com que o nível do Rio Caí aumentasse, excedendo em pelo menos dois metros os parâmetros normais, e resultando na destruição da ponte recém-construída.

A correnteza do Rio Caí: o que aconteceu?

A correnteza do Rio Caí, que normalmente permanece controlada, foi responsável por levar a ponte provisória de Feliz. De acordo com o prefeito, a elevação do nível do rio para cinco metros configurou uma situação emergencial, sendo uma repetição do ocorrido em maio, quando o rio quase alcançou 14 metros. Este aumento rápido e significativo no nível das águas foi um dos principais fatores para o colapso da estrutura.

Após o evento, restou avaliar se os contêineres metálicos foram deslocados, levados a uma distância considerável ou se apenas afundaram no leito do rio. A determinação de suas localizações exatas dependerá do recuo das águas, permitindo que as equipes técnicas realizem a inspeção adequada.

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