A concessionária RIOGaleão apresentou nesta quinta-feira (10) o pedido de devolução do aeroporto internacional Tom Jobim devido a crise no setor de aviação em decorrência da Covid-19.
O Galeão foi concedido para a iniciativa privada em 2013, com um lance de R$ 19 bilhões. O prazo do contrato com a concessionária iria até 2039.
Atualmente, a RIOGaleão é controlada por uma empresa de Singapura, a Changi Airports. A concessionária possui 51% do aeroporto, enquanto a Infraero tem os 49% restantes. A empresa afirmou que vai continuar gerenciando o terminal até que um novo operador seja definido pelo governo federal.
“O RIOgaleão continuará mantendo os padrões de segurança e qualidade na operação aeroportuária e honrará os compromissos e contratos com seus funcionários, credores, lojistas e fornecedores ao longo de todo o processo de relicitação”, afirmou a concessionária, em nota.
A devolução da concessão ocorre em meio a rumores de concorrência predatória por parte do Santos Dumont, que incluído pelo governo federal na sétima e última rodada de leilões de aeroportos.
Importante gerador de empregos (17 mil) e fundamental na logística de cargas do Rio de Janeiro, o Aeroporto Internacional do Galeão foi projetado para receber grandes aeronaves. Localizado na Ilha do Governador, o aeroporto está distante dos demais bairros da região metropolitana, cuja ligação é a Linha Vermelha, local marcado pela criminalidade e trânsito.
“Nós vamos estudar a concessão do Galeão e do Santos Dumont em conjunto. Estamos criando uma 8ª rodada”, afirmou @tarcisiogdf, ao explicar como o pedido de devolução do @RIOgaleao, formalizado pela concessionária que administra o terminal, vai impactar os leilões dos aeroportos. pic.twitter.com/9QQpCzC3Ix
— Ministério da Infraestrutura (@MInfraestrutura) February 10, 2022