VIOLÊNCIA POLICIAL

Ex-PRFs são responsabilizados pela morte de Genivaldo Santos em operação em Sergipe

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Júri popular – Crédito: Juliana Galvão/Ascom TRF5

Dois anos, seis meses e quatorze dias após o trágico incidente envolvendo Genivaldo dos Santos, três ex-policiais rodoviários federais foram condenados por suas ações neste sábado, 7. Genivaldo, de 38 anos, morreu em Umbaúba, Sergipe, em consequência de uma abordagem policial que gerou indignação e revolta na comunidade. As penas para os envolvidos variam entre 23 e 28 anos de prisão, mostrando a gravidade dos atos cometidos.

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Os três réus, William Noia, Kleber Freitas e Paulo Rodolpho, enfrentaram acusações sérias que, inicialmente, incluíam homicídio triplamente qualificado e tortura. Entretanto, o Júri Popular desqualificou o homicídio doloso para Noia e Freitas, resultando em condenações por tortura seguida de morte e homicídio culposo. Já Rodolpho, condenado pelo Júri, recebeu uma pena mais severa por homicídio triplamente qualificado.

Quais foram as circunstâncias da abordagem e seus desdobramentos?

O incidente teve início quando Genivaldo foi abordado por William Noia, que posteriormente usou restrições físicas e uma granada de gás. Kleber Freitas fez uso do spray de pimenta durante a ação, enquanto Paulo Rodolpho realizou a ofensiva final com a granada de gás lacrimogêneo no porta-malas da viatura. Essa sequência de eventos levou ao colapso pulmonar de Genivaldo, conforme as análises periciais revelaram.

O julgamento do caso, que se estendeu por 12 dias, incluiu depoimentos de 28 pessoas, entre elas familiares da vítima, testemunhas oculares, e especialistas. As informações periciais indicaram que o ácido sulfídrico liberado na viatura pode ter sido letal devido à alta concentração, apesar da baixa presença de monóxido de carbono.

Após a condenação na Justiça, a família de Genivaldo expressou sentimentos complexos. Laura de Jesus Santos, irmã de Genivaldo, declarou que, embora a decisão judicial proporcione alguma calma, a felicidade não é um sentimento presente, dada a trágica perda. A condenação é vista como um passo em direção à justiça, mas o impacto emocional permanece.“Foi um resultado satisfatório, embora a gente não fique feliz com a desgraça de ninguém. Acalma, mas felicidade não traz”, relatou ela ao g1.

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