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Família de empresário que matou policial diz que ele era ‘pessoa do bem’

Published 19/12/2023
A família do empresário que matou uma policial e morreu após uma troca de tiros, divulgou uma nota dizendo que ele era uma "pessoa do bem".

Rogério Saladino tinha 56 anos e foi morto por um policial após atirar em uma investigadora - Crédito: Reprodução/Record

A família do empresário Rogério Saladino dos Santos, de 56 anos, que no último sábado (16) matou uma policial civil e morreu durante uma troca de tiros provocada por ele, divulgou uma nota de esclarecimento. O comunicado diz que Santos era uma “pessoa do bem” e criticou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Rogério Saladino assassinou a tiros a investigadora do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) Milene Bagalho Estevam, de 39 anos, em frente à casa dele, nos Jardins, zona oeste de São Paulo. 

O empresário tinha o registro de Caçador, Atirador e Colecionador de Armas, o chamado CAC, apesar de já ter respondido, no passado, por homicídio, agressão e crime ambiental.

De acordo com a família do empresário, no dia em que aconteceu a tragédia, ocorria uma festa na mansão de Santos e ele havia pensado que a abordagem dos policiais seria um assalto. 

Segundo a nota publicada, Santos recebia amigos em casa, bairro nobre de São Paulo, quando foi alertado por um de seus funcionários “que tudo indicava que estavam sendo alvo de um assalto”

A família diz que ele estava alarmado porque a casa vizinha havia sido alvo de um roubo no dia anterior. O caso foi justamente o que motivou a presença da equipe policial na rua. Milene buscava pistas de criminosos que haviam invadido a casa e furtado um veículo e pertences.

Conforme a Polícia Civil, havia maconha, haxixe e drogas sintéticas na casa, além de grande quantidade de bebidas alcoólicas consumidas durante a celebração.

De acordo com a versão da família, Santos atirou duas vezes para o alto, abriu o portão da garagem e disparou contra a policial Milene Bagalho Estevam. Na sequência, ele foi atingido pelo policial que estava com a investigadora e caiu no interior da garagem. 

O funcionário da casa, identificado como Alex, “também em situação de legítima defesa”, pegou a arma que estava no chão para reagir, mas também foi atingido pelo policial e morreu.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o empresário tinha passagens por homicídio, crime ambiental e lesão corporal.

Sobre o homicídio, a nota informa se tratar de um atropelamento ocorrido na estrada de Natividade da Serra (SP) há 25 anos e que ele prestou “imediato socorro à vítima e assistência à família”

Já em relação ao crime ambiental, a família diz que o caso foi resolvido por meio de um ajuste de conduta com a Justiça da cidade de Natividade da Serra. Não houve menção ao registro de lesão corporal.

A família pede que Secretaria de Segurança reveja “seus controles”. Eles reclamam que o medo de assaltos na região “não é novidade”. Milene e o colega usavam uma viatura descaracterizada, mas estavam identificados como policiais ao chegarem à casa do empresário. Eles tocaram a campainha para pedir imagens das câmeras de segurança para tentar elucidar o crime na casa vizinha.

*sob supervisão de Camila Godoi

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