Família de Moïse se torna dona do quiosque onde congolês foi espancado

O quiosque Biruta, que fica ao lado do Tropicália, também será concedido à família de Moïse

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Prefeitura vai transformar quiosques na Barra da Tijuca em memorial em homenagem ao congolês Moïse Kabagambe e à cultura africana. (Crédito: Divulgação/Prefeitura do Rio)

Os familiares de Moïse Kabagambe, congolês morto após ser agredido em um quiosque na Barra da Tijuca, receberam a concessão do quiosque Tropicália nesta segunda-feira (7).

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O prefeito Eduardo Paes e o secretário de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo, formalizaram a entrega da concessão em um evento no Centro do Rio.

“Desde o início entendíamos que a gente deveria lembrar permanentemente as pessoas do absurdo crime cometido contra uma pessoa, no caso o Moïse. Entendemos que isso poderia se juntar à presença da própria família do Moïse ali. É uma oferta feita pela prefeitura, mas também da Orla Rio”, disse Paes.

Segundo a Prefeitura do Rio, o quiosque Biruta, que fica ao lado do Tropicália, também será concedido à família de Moïse. Os dois quiosques ficaram com os familiares até fevereiro de 2030.

“A decisão é de fazer a concessão, a entrega desses quiosques, para a família do Moïse. A Orla Rio está entregando uma carta compromisso, em que se compromete a ceder os dois quiosques, onde estão os quiosques Tropicália e Biruta, até fevereiro de 2030”, afirmou Paes.

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O quiosque ainda contará com uma reforma e os familiares de Moïse passarão por treinamentos necessários para gerir o negócio. A ação conta ainda com parcerias da Fundação João Diamante, do SindRio (Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio), da Danni Camillo e do Instituto Akhanda.

O irmão de Moïse, Samy Kabagambe, agradeceu as mensagens e ofertas de ajuda que recebeu. “Gostaríamos de agradecer ao povo brasileiro pela solidariedade. A gente sabe que essa ação que aconteceu com o meu irmão não é o coração de todo o povo brasileiro. Recebemos muitas mensagens de apoio de muitas instituições. Gostaríamos só de agradecer a todos”, disse Samy.

O procurador da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Rodrigo Mondego, afirmou que a família de Moïse aceitou a concessão do quiosque com a oferta de que o local virasse um espaço de memória. A informação já havia sido divulgada no sábado (5).

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“A família, quando viu a homenagem para ser um espaço de memória, para a não repetição, para que não se repita, a família aceitou, antes mesmo de ver como um empreendimento comercial”, disse Rodrigo.

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