O número de emplacamentos de veículos em maio chegou a 319.257 unidades, o que representa um aumento de 10,82% na comparação com o mês anterior, quando foram emplacados 288.081. Na comparação com os emplacamentos de maio do ano passado o aumento foi de 218%, já que naquele período foram vendidos 100.394 veículos. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que considera os automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros para fazer a contagem.
“Apesar dos esforços das montadoras, as entregas de veículos ainda não atingiram o equilíbrio, em função da falta de alguns componentes, principalmente eletrônicos, mantendo o represamento de vendas, que já vinha sendo verificado. Nos resultados de maio, notamos que uma parcela dos emplacamentos se refere às vendas realizadas em meses anteriores. Como consequência da menor oferta, os estoques de veículos, para todos os segmentos, se mantêm em um nível muito baixo”, analisou o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior.
O balanço mostra ainda que no acumulado do ano, foram emplacadas 1.393.358 unidades. Na comparação com o mesmo período de 2020, quando foram emplacadas 1.031.235 unidades, houve um crescimento de 35,12%. “Vale observa que esse crescimento, embora bastante positivo, se dá sobre uma base comparativa baixa, já que tivemos péssimos resultados nos meses de março e abril do ano passado, em função do início da pandemia do novo coronavírus e da paralisação súbita da economia”, disse Assumpção.
Expectativas
Segundo a Fenabrave, a previsão para o ano de 2021 é de crescimento de 16%, assim como o divulgado em janeiro. A revisão deve ser feita em julho, após o encerramento do semestre e a regularização da produção. De acordo com Assumpção, os índices de confiança da indústria estão altos, estando entre os cinco maiores do país, mas ainda é cedo para alterar as previsões.
“Há demanda e crédito elevados no mercado automotivo e, com a evolução da vacinação e imunização da população, contra a covid-19, talvez estejamos diante de um quadro mais favorável do que o estimado, quando iniciamos a segunda onda da pandemia, neste ano”, afirmou.
(Agência Brasil)