"vergonhoso"

Governador de SC posta fake news sobre a tragédia no RS

Jorginho Mello gerou polêmica ao afirmar, nas redes sociais, que caminhões enviados de seu estado para o Rio Grande do Sul foram barrados e multados

Eduardo Bolsonaro, o senador Cleitinho Azevedo e o influenciador e coach Pablo Marçal foram listados como disseminadores de fake news
Jorginho Mello, governador de SC posta fake news sobre a tragédia no RS – Crédito: Reprodução / Redes Sociais

Jorginho Mello (PL-SC), governador de Santa Catarina, gerou polêmica ao afirmar em um vídeo, nas redes sociais, que caminhões enviados de seu estado para o Rio Grande do Sul foram barrados e multados. Segundo ele, isso teria acontecido em postos de fiscalização nas estradas, classificando o incidente como “vergonhoso”. No entanto, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirmou que isso seria “fake news”.

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Como resultado de declarações semelhantes, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e o influenciador e coach Pablo Marçal foram listados como disseminadores de “fake news” pelo Palácio do Planalto e reportados ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

Em um vídeo compartilhado no Instagram e X, o governador Mello aparece ao lado de um servidor da Defesa Civil de Florianópolis, que teria sido multado duas vezes em um ponto de pesagem de veículos na estrada, uma por excesso de carga e outra por não pagar o pedágio. No entanto, a ANTT afirmou que não houve retenção de veículos de carga em direção ao Rio Grande do Sul durante a tragédia, esclarecendo que os caminhões são liberados após uma inspeção simplificada, sem exigência de nota fiscal ou aplicação de multas sobre doações.

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Fake News nas redes sociais

Pablo Marçal e Cleitinho Azevedo alegaram em suas redes sociais que a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul estava impedindo a distribuição de alimentos ao barrar caminhões de doações. Já Eduardo Bolsonaro criticou a demora do Governo Federal em enviar ajuda ao RS, apontando que os reforços demoraram quatro dias para chegar. Segundo a colunista Bela Megale, d’O Globo, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação judicial para garantir o direito de resposta diante de publicações falsas feitas por Pablo Marçal sobre as enchentes.

Todos esses indivíduos foram relacionados como propagadores de “fake news” pelo Palácio do Planalto. Após identificar os conteúdos falsos, o Governo solicitou ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, uma investigação sobre possíveis crimes cometidos pelos autores, levando à abertura de um inquérito pela Polícia Federal.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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