O O Instituto Médico-Legal (IML) de Petrópolis, na Região Serrana do Rio liberou o corpo de uma criança errada para uma família. A troca dos corpos só foi descoberta pela família quando chegaram ao velório de Helena, de 1 ano e 11 meses. A menina é uma das vítimas do temporal em Petrópolis.
A família esteve desde quarta-feira (16), o IML para reconhecer a criança. Na quinta-feira (17), conseguiu a documentação. Mas, mesmo assim quando chegaram no velório não se depararam com a Helena Leite de Carvalho Paulino. O corpo da outra Helena voltou ao IML, escoltado pela polícia para realizar a troca dos corpos.
Helena era afilhada de de Maria Eduarda de Carvalho, 17 anos. A madrinha da menina também foi uma das vítimas do temporal e já teve o seu corpo encontrado e reconhecido. A mãe de Duda, Gizelia de Oliveira Carminate, 36 anos, chegou a usar uma enxada para cavar e procurar os parentes em meio a lama.
Em entrevista ao G1, a mãe de Helena disse que demorou 9 anos para ter a filha e conseguiu aproveitar somente 1 ano ao lado dela. “Às vezes acho que é um pesadelo, que vou acordar e ela vai estar aqui. Demorei nove anos para engravidar, quis fazer as coisas certinhas para ter condições, e só aproveitei a minha filha um ano”, disse Giselli Carvalho.
O número de mortos chegou a 123, segundo o Corpo de Bombeiros. De acordo com o IML, há 79 mulheres e 41 homens entre as vítimas, sendo 21 delas menores de idade.
Em nome dos fluminenses agradeço a solidariedade que estamos recebendo de todo o Brasil. Muito obrigado. Petrópolis precisa de todo apoio.
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) February 16, 2022