La Niña chega ao fim e o Brasil deve sentir os efeitos em 2025

La Niña chega ao fim e o Brasil deve sentir os efeitos em 2025
Mulher com guarda-chuvas – Créditos: depositphotos.com / llcv

Recentemente, a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) anunciou o término do fenômeno climático La Niña. Este evento, que influenciou o clima global por um período significativo, chegou ao fim em março de 2025, com o Oceano Pacífico retornando a condições de neutralidade. A fase neutra, que se estabelece quando não há influência nem de La Niña nem de El Niño, traz uma nova dinâmica para o clima mundial.

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Com o término de La Niña, as temperaturas do mar na região central do Pacífico, que estavam abaixo da média, voltaram ao normal. Essa mudança foi acompanhada por alterações nos ventos e nas formações de nuvens, confirmando o fim da influência do fenômeno. A expectativa é que essa fase neutra persista nos próximos meses, com mais de 50% de chance de continuar até o trimestre entre agosto e outubro.

Como a fase neutra afeta o clima global?

Durante a fase neutra, o clima global não é influenciado diretamente por La Niña ou El Niño, o que pode resultar em padrões climáticos mais variáveis e menos previsíveis. No entanto, a incerteza permanece sobre o que pode ocorrer no segundo semestre de 2025. Modelos climáticos indicam uma chance de 38% de retorno de La Niña e menos de 20% de ocorrência de um novo El Niño. Contudo, essa época do ano é notoriamente difícil para previsões precisas.

O comportamento dos oceanos e da atmosfera continua a ser monitorado de perto, com atualizações regulares fornecidas por instituições meteorológicas. A próxima atualização da NOAA está prevista para maio de 2025, e trará mais clareza sobre as tendências climáticas futuras.

Quais são os impactos do fim de La Niña no Brasil?

No Brasil, o término de La Niña pode provocar mudanças significativas na distribuição das chuvas. Durante a influência do fenômeno, o Sul do país tende a ser mais seco, enquanto o Norte e o Nordeste experimentam um aumento nas precipitações. Com o fim de La Niña, espera-se que o padrão climático se torne mais instável e irregular.

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Chuva na estrada – Créditos: depositphotos.com / Putt_1983

Para o Sul do Brasil, isso pode significar uma alternância mais frequente entre períodos de chuva e seca. Já nas regiões Norte e Nordeste, a expectativa é de uma leve diminuição nas chuvas nos próximos meses. Essas mudanças podem impactar a agricultura, a gestão de recursos hídricos e a vida cotidiana das populações afetadas.

O que é o fenômeno La Niña?

La Niña é caracterizado pelo resfriamento em grande escala das temperaturas da superfície do Oceano Pacífico equatorial, especialmente em suas regiões central e oriental. Este fenômeno altera a circulação atmosférica tropical, afetando ventos, pressão atmosférica e padrões de chuva. Em geral, anos sob a influência de La Niña são mais frios, enquanto El Niño tende a aquecer o clima global.

Com as mudanças climáticas em curso, a influência de La Niña e El Niño tem se tornado mais complexa e menos previsível. A compreensão desses fenômenos e suas interações com o clima global é crucial para a elaboração de estratégias de adaptação e mitigação dos impactos climáticos.

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