
O mês de fevereiro traz um cenário climático bem distinto dos anos anteriores, marcado pela influência do fenômeno La Niña. Este fenômeno climático impacta diretamente nas condições atmosféricas, sobretudo no território brasileiro. O principal diferencial é a ausência do El Niño e a atuação do La Niña, que se mantém presente, ainda que de forma atenuada.
A previsão é de que grande parte do Brasil experimente condições meteorológicas diferentes das habituais. O La Niña provoca alterações importantes, como o aumento das chuvas em algumas regiões e um calor abaixo do esperado para o período.
Como o La Niña afeta o clima no Brasil?
O La Niña é conhecido por causar o resfriamento das águas superficiais no Oceano Pacífico Equatorial. Esta mudança afeta a circulação atmosférica global e, consequentemente, o clima no Brasil. Durante a presença desse fenômeno, algumas regiões do país tendem a apresentar padrões climáticos específicos. No Norte e Nordeste, observa-se um aumento significativo nas precipitações.
No Centro-Sul, o efeito se traduz em períodos de seca e irregularidade nas chuvas. Já no Sul, a tendência é de um tempo mais seco, sendo frequente a entrada de massas de ar frio, colaborando para uma maior variação térmica.

Quais são as previsões para fevereiro de 2025?
Fevereiro de 2024 promete ser marcado por uma grande quantidade de chuvas. A atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) nas primeiras semanas do mês deve manter o tempo instável em algumas regiões. A ZCAS se caracteriza pela formação de extensas faixas de nuvens, que vão do Norte ao Sudeste do Brasil, resultando em acumulados expressivos de precipitação.
Além disso, a partir do dia 5 de fevereiro, as chuvas tornam-se mais isoladas. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) também exerce forte influência nesta época do ano, especialmente no Norte e Nordeste, gerando chuvas acima da média. Estas condições devem permanecer ao longo de todo o mês, especialmente nas referidas regiões.
Quais os efeitos da La Niña nas temperaturas do Brasil?
A alta nebulosidade durante o mês sugere que as temperaturas não alcancem valores extremos habituais. Em contrapartida, a Região Sul do Brasil pode vivenciar um tempo mais firme, com possibilidade de ondas de calor, particularmente no Rio Grande do Sul. Esta previsão está alinhada à tendência esperada para anos sob a influência de La Niña.
Em algumas áreas, como Pará e Mato Grosso, há também uma expectativa de períodos de calor intenso. No entanto, de modo geral, a variação térmica tende a ser menor em comparação aos padrões observados em anos sem a presença do fenômeno.
Como o La Niña impacta a agricultura até 2025?
Embora o La Niña esteja atuando de forma fraca, as previsões indicam sua permanência até pelo menos abril de 2025. Este fenômeno tem implicações importantes para a agricultura, recursos hídricos e planejamento urbano. Mesmo com seu enfraquecimento esperado a partir de março de 2024, seus efeitos ainda são observados até a transição para um outono e inverno de neutralidade climática.
Durante este período de transição, é importante que setores sensíveis ao clima estejam atentos às mudanças e se preparem adequadamente. A variação nas condições climáticas requer uma análise constante e preparação para mitigar qualquer impacto potencial.
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