A capitã de Mar e Guerra Gisele Mendes, médica geriatra e superintendente do Hospital Naval Marcílio Dias, foi atingida na cabeça por um tiro na manhã desta terça-feira (10). O disparo ocorreu enquanto ela estava em serviço dentro da unidade, localizada no Complexo do Lins, zona norte do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Marinha e pela Polícia Militar (PM).
No momento do incidente, uma operação policial estava em andamento na região, conduzida pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora (UPP). Gisele foi submetida a cirurgia de emergência, e seu estado de saúde é considerado grave.
O que aconteceu durante a operação?
De acordo com a PM, agentes da UPP Lins realizavam uma operação contra o crime organizado na Comunidade do Gambá, dentro do Complexo do Lins, quando foram atacados por criminosos. Durante o confronto, um tiro atingiu a médica dentro do hospital.
Após serem informados sobre o ferimento da militar, o policiamento foi intensificado na área, e investigações preliminares foram iniciadas para esclarecer o ocorrido. A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) e a Marinha trabalham em conjunto na apuração do caso, mas as circunstâncias ainda são desconhecidas.
Em nota, a Marinha lamentou o incidente, manifestando solidariedade aos familiares e garantindo apoio total à recuperação da capitã. A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (CDDHC) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro também se pronunciou, destacando a necessidade de uma investigação rigorosa. “Este é mais um caso que expõe a falta de planejamento e inteligência nas ações de segurança pública, colocando vidas inocentes em risco”, afirmou o órgão.
URGENTE: Capitã de Mar e Guerra Médica, Gisele Mendes, Superintendente de Saúde do Hospital Naval Marcílio Dias, foi ferida na cabeça durante um ataque realizado por criminosos no Complexo do Lins. ela foi atingida dentro do auditório da Escola de Saúde da Marinha. pic.twitter.com/EmRrXN6JNK
— Golden News (@andrepiedade1) December 10, 2024
Segurança em hospitais militares
Os hospitais militares, como o Hospital Naval Marcílio Dias, contam com protocolos de segurança rigorosos, especialmente em áreas de risco. Mesmo assim, sua localização em regiões vulneráveis, como o Complexo do Lins, pode torná-los alvos indiretos em confrontos. Essas unidades também prestam atendimento de alta complexidade a militares e civis em emergências, sendo referência no suporte médico em situações de conflito.
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