A médica psiquiatra Juliana Pimenta Ruas El-Aouar, encontrada morta em um hotel de Colatina (ES), nesse sábado (2), enviou uma foto para uma amiga, em abril deste ano, com vários pontos na testa.
Juliana morava em Teófilo Otoni (MG), mas estava hospedada no local com o marido, Fuvio Luziano Serafim, ex-prefeito da cidade mineira Catuji. No quarto ao lado, também estava hospedado o motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos. Os dois homens foram presos em flagrante por feminicídio e homicídio
A foto foi enviada pela médica a uma amiga, que não teve a identidade revelada. No registro de print da tela é possível observar o ferimento com sutura de vários pontos.
A médica não teria aberto uma representação contra o marido na época do registro por estar “amedrontada” e teria dito aos familiares que havia caído, informou o advogado de defesa da família da vítima, Síderson do Espírito Santo Vitorino, ao site UOL.
O pai da vítima, o ex-prefeito da cidade mineira de Teófilo Otoni Samir Sagi El-Aouar, declarou ao jornal O Tempo que começou a desconfiar da relação abusiva do casal quando o genro teria afirmado, em 2019, que Juliana teria tido uma parada cardiorrespiratória e ele quebrou sete costelas da médica ao “fazer massagem cardíaca”.
Segundo a decisão que manteve a prisão do marido e do motorista, o laudo do SML (Serviço Médico Legal) apontou que a vítima sofreu “graves lesões”.
As causas da morte da médica foram hipoxemia (baixa oxigenação no sangue), asfixia mecânica, broncoaspiração (entrada de substâncias estranhas, como alimentos e saliva, na via respiratória) e traumatismo cranioencefálico.
No local do crime, foram encontrados diversos medicamentos, entre eles, morfina, além de seringas e agulhas. Um “pó branco” também foi achado e encaminhado para análise pericial.
Que horror esse caso da médica encontrada morta em um hotel aqui no ES. Ouvir o pai dela contando, nossa senhora… 😭 #encontro
— 𝑺𝒂𝒎𝒚𝒂 (@eusamyaa) September 5, 2023