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OCDE lança alerta para crise alimentar na América Latina

Published 08/06/2022
OCDE lança alerta para crise alimentar na América Latina

Segundo a pesquisa da Rede Pessan, mais da metade da população brasileira (58,7%) vive em insegurança alimentar (Crédito: Antoine Antoniol/Getty Images)

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um alerta para o risco de crise alimentar em economias em desenvolvimento, como é o caso da América Latina. A afirmação foi feita, nesta quarta-feira (8), em um relatório semestral chamado Perspectivas Econômicas.

Para a economista-chefe da OCDE, a francesa Laurence Boone, existe “urgência” para evitar a crise:

“Hoje o mundo está produzindo comida suficiente para alimentar a todos, mas os preços estão muito altos e o risco é de que essa produção não chegue aos mais necessitados (…) A cooperação global é necessária para garantir que os alimentos cheguem aos consumidores a preços acessíveis, especialmente em economias de baixa renda e de mercados emergentes.”

O Brasil, que tem um capítulo dedicado no relatório, teve sua estimativa do PIB diminuída pela OCDE de 1,4% para 0,6% para o ano de 2022. Além disso, a OCDE também alerta para uma crise alimentar principalmente para os mais vulneráveis, destacando o papel “fundamental” dos programas sociais:

“São necessários esforços adicionais para melhorar a segmentação e a eficiência dos gastos públicos, para que a boa gestão fiscal permaneça consistente.”

O relatório da OCDE chega no mesmo dia em que uma pesquisa feita pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional) diz que cerca de 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil. Esse número chega a ser quase o dobro do número registrado em 2020.

A inflação, a guerra na Ucrânia, a pandemia de Covid-19 e as eleições de outubro são as principais causas, apontadas pela OCDE, do período de insegurança que passa o Brasil.

 

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