A Rússia apontou o Ocidente como responsável peça crise alimentar global. De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, o país é um exportador “confiável” mas que as sanções impostas ao país após a invasão da Ucrânia prejudicam o abastecimento de grãos.
“Nós não somos a fonte do problema. A fonte do problema que leva à fome no mundo são aqueles que impuseram sanções contra nós, e as próprias sanções”, disse Peskov a jornalistas nesta segunda-feira (23). O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres alertou um “novo recorde” nos níveis globais de fome e sobre o número de pessoas em insegurança alimentar severa.
Em uma reunião em Nova York, o representante da ONU apelou para a Rússia permitir “a exportação segura de grãos armazenados nos portos ucranianos” e para que alimentos e fertilizantes russos, bem como os de Belarus, “tenham acesso total e irrestrito aos mercados mundiais”. A Ucrânia exportava a maior parte de seus produtos por meio de portos localizados em Odessa. Entretanto, desde a invasão, sua safra passou a ser exportada por trem ou por pequenos portos do rio Danúbio, segundo o portal Poder 360.
Crise alimentar global impulsionada pela guerra na Ucrânia poderá durar anos, alerta ONU (DW)
— Blog do Noblat (@BlogdoNoblat) May 19, 2022
Entenda o conflito
Desde o dia 24 de fevereiro, Vladimir Putin deu início ao conflito contra a Ucrânia ao bombardear regiões do país. A invasão contou com domínios por terra, mar e ar, após autorização do presidente russo.
Vladimir Putin não aceita que a Ucrânia faça parte da OTAN, uma aliança criada pelos Estados Unidos. O presidente não deseja que uma base inimiga seja estabelecida próxima a seu território, uma vez que a Ucrânia faz fronteira com a Rússia. Esse foi um dos estopins para que Putin iniciasse os ataques.