"morte suspeita"

Paciente morre ao realizar exame de ressonância magnética em Santos

paciente-morre-ressonancia-magnetica
Exames de ressonância magnética – Créditos: depositphotos.com / VitalikRadko

Em uma clínica particular em Santos, São Paulo, um homem de 42 anos faleceu durante um exame de ressonância magnética. O caso ocorreu na tarde de terça-feira, 22, levantando questões sobre o atendimento prestado pela instituição de saúde. Este trágico episódio foi registrado como “morte suspeita” pelo serviço de verificação de óbito do Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim).

Publicidade

Sabrina Altenburg Penna, esposa de Fábio Mocci Rodrigues Jardim, busca respostas sobre o que aconteceu no momento do exame. A viúva relata não ter informações claras sobre os primeiros socorros oferecidos ao marido. Fábio havia chegado à clínica para um exame agendado com antecedência e, antes de sua morte súbita, apresentava sinais de sonolência frequente.

“Não sei se ele morreu na hora, quais foram os primeiros socorros. Estou arrasada”, contou Sabrina Altenburg Penna, à Folha de São Paulo.

Quais foram as condições do paciente durante o exame de ressonância magnética?

No prontuário de Fábio Mocci estavam listadas condições médicas como refluxo gástrico e hipertensão, além de alergias a dipirona, iodo e crustáceos. Ele nunca havia realizado uma ressonância magnética anteriormente, o que resultou na escolha por sedação durante o procedimento. Ao entrar para o exame, Sabrina se ausentou temporariamente do local.

Durante a realização do exame, o pessoal da clínica notificou Sabrina que Fábio estava “agitado, mas normal”. Contudo, cerca de uma hora depois do início do procedimento, a situação mudou, levando à necessidade de intervenção do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que foi acionado para socorrer o paciente.

Publicidade

O papel do Midazolam no procedimento

Sabrina mencionou que seu marido foi sedado com 15 mg de Midazolam. Este sedativo é frequentemente usado para facilitar exames como a ressonância magnética, em especial para aqueles que sofrem de claustrofobia ou que precisam de conforto adicional. O Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas esclarece que o uso de sedativos pode ser crítico em determinadas situações, mas também acarreta riscos semelhantes aos procedimentos anestésicos.

Publicidade

Infelizmente, após a aplicação do sedativo, Fábio sofreu uma parada cardiorrespiratória, o que levou ao seu falecimento. A investigação ainda em curso busca entender o que ocorreu durante esse breve período.

Resposta das autoridades e próximos passos

O caso está sob investigação no 2° Distrito Policial de Santos. Está previsto um laudo do Instituto Médico Legal (IML), que pode levar até 90 dias para ser concluído. Somente após a finalização deste laudo, as autoridades poderão apresentar um parecer mais detalhado sobre as causas exatas do falecimento de Fábio.

Enquanto a clínica não se pronunciou oficialmente sobre o evento, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo continua as diligências necessárias para esclarecer o ocorrido. Além disso, a Prefeitura informou que a equipe do Samu foi prontamente acionada, apesar do paciente já estar sob cuidados médicos na clínica no momento de sua chegada.

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.