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Censo 2022: Homicídios, suicídios e acidentes lideram causas de morte entre jovens

Dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que homicídios, suicídios e acidentes de trânsito lideram as causas de morte entre jovens.

Dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (25) mostram que homicídios, suicídios e acidentes de trânsito lideram as causas de morte entre jovens brasileiros com idades entre 15 e 34 anos. As estatísticas revelam um cenário alarmante, com uma alta concentração de mortes violentas nesta faixa etária.

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O levantamento aponta uma diferença expressiva entre os sexos: o número de óbitos entre homens é notavelmente superior ao de mulheres. Entre agosto de 2021 e julho de 2022, foram registrados 1.326.138 óbitos nessa faixa etária no Brasil, dos quais 722.225 (54,5%) eram homens e 603.913 (45,5%) mulheres. As causas externas, ou violentas, são especialmente prevalentes entre os jovens do sexo masculino, o que acende um alerta sobre a vulnerabilidade desse grupo a tais fatores.

Jovens de 20 a 24 anos são os mais atingidos

Os dados do IBGE também indicam que a faixa etária de 20 a 24 anos é a mais afetada, registrando uma disparidade significativa com relação às mulheres: para cada 100 óbitos femininos, há 371 óbitos masculinos. Esse índice coloca essa faixa de idade como a mais vulnerável a causas de morte externas.

Além disso, o IBGE revelou em setembro, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que o país contava com 1,607 milhão de crianças e adolescentes envolvidos em trabalho infantil em 2023. Esse número, embora elevado, vinha em tendência de queda entre 2019 e 2021, mas o cenário foi interrompido em 2022, o que reforça os desafios a serem enfrentados.

As estatísticas do Censo 2022 sublinham a importância de medidas que ofereçam maior proteção à juventude brasileira, especialmente aos homens, que estão mais expostos a situações de risco que resultam em óbitos prematuros.

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Número de pessoas que moram sozinhas aumenta no Brasil

O Censo Demográfico de 2022 também revela um aumento significativo no número de pessoas que moram sozinhas no Brasil, representando 18,9% dos lares no país. Esse percentual corresponde a 13,7 milhões de domicílios particulares ocupados por apenas um morador, de um total de 72,5 milhões de endereços.

Em comparação com os dados de 2010, quando 12,2% dos lares tinham um único habitante, observa-se uma elevação expressiva. Segundo o IBGE, o crescimento está relacionado a fatores como o envelhecimento da população e mudanças nas escolhas individuais das novas gerações, que têm postergado o casamento e optado, em muitos casos, por não ter filhos.

Leia também: Censo: mulheres são chefes de quase metade dos lares brasileiros

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