na Rocinha

Pai que sequestrou a filha em SC é encontrado no RJ pela Polícia

Na noite de quinta-feira, a Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou Anderson Rafael Hasse e sua filha de 8 anos na comunidade da Rocinha
Na noite de quinta-feira, a Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou Anderson Rafael Hasse e sua filha de 8 anos na comunidade da Rocinha – Crédito: Reprodução

Na noite de quinta-feira (20), a Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou Anderson Rafael Hasse e sua filha de 8 anos na comunidade da Rocinha, localizada na zona sul da cidade. O desaparecimento dos dois havia sido registrado em Ilhota, Santa Catarina, cerca de 15 dias antes. A menina foi levada ao Conselho Tutelar e, segundo informações preliminares, está em boas condições de saúde.

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O caso chamou a atenção devido ao planejamento meticuloso de Anderson, que, segundo a polícia, vinha sendo elaborado há aproximadamente três meses. A motivação por trás do sequestro estaria ligada à perda da guarda da filha e a alegações de abuso por parte do avô materno da criança. Anderson teria afirmado que, se não conseguisse fugir com a filha, tomaria medidas drásticas contra o avô.

Como a polícia localizou Anderson e a filha?

A localização de Anderson e sua filha foi possível graças a denúncias recebidas pela Polícia Civil, que indicavam o paradeiro da criança na área conhecida como Laboriaux, dentro da Rocinha. A operação contou com a participação da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente e ao Idoso (DPCAMI) e da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Blumenau. A investigação revelou que Anderson havia planejado cuidadosamente sua fuga, incluindo a venda de bens pessoais e a obtenção de um empréstimo bancário.

Além disso, o caso envolveu a prática de alienação parental, que teria sido um fator crucial para a perda da guarda da criança. A polícia acredita que Anderson manipulava a filha emocionalmente, o que contribuiu para a decisão judicial de retirá-lo da guarda.

Após a localização de Anderson e sua filha, a Polícia Civil decretou a prisão temporária do homem pelos crimes de sequestro, cárcere privado e desobediência. A decisão foi apoiada pelo Ministério Público de Santa Catarina e aprovada pelo Poder Judiciário, com um prazo de 30 dias para a prisão temporária. O caso continua em trâmite no sistema judiciário, enquanto as investigações prosseguem para esclarecer todos os detalhes envolvidos.

O que leva alguém a planejar um sequestro?

O caso de Anderson Rafael Hasse levanta questões sobre as motivações que levam uma pessoa a planejar e executar um sequestro. No caso específico, a perda da guarda da filha e as alegações de abuso foram fatores determinantes. No entanto, a alienação parental e a manipulação emocional também desempenharam papéis significativos. Tais situações destacam a complexidade das relações familiares e a importância de intervenções adequadas por parte das autoridades competentes.

Este caso ressalta a necessidade de uma abordagem cuidadosa e sensível por parte das instituições responsáveis pela proteção de crianças e adolescentes. A atuação conjunta de diferentes órgãos e a cooperação entre estados foram fundamentais para a resolução do caso, demonstrando a importância de um sistema de proteção eficiente e bem coordenado.

Leia também: Mãe pede ajuda para encontrar filha sequestrada pelo pai há 12 dias

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