CRIME PREVISTO EM LEI

Pichação nazista na UFSC revela esquema de falsificação de atestado médico em SC

Polícia Civil cumpre, nesta quarta-feira (13), mandado de busca e apreensão contra ex-aluno de enfermagem com ascendência judaica

Pichação nazista na UFSC revela esquema de falsificação de atestado médico em SC
Atestados falsos foram encontrados na casa de ex-aluno da UFSC em ação contra pichação nazista – Crédito: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil cumpriu nesta quarta-feira (13) um mandado de busca e apreensão contra um homem investigado por fazer uma pichação nazista e antissemita dentro da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2022.

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Durante a ação, foi descoberto que o suspeito buscava, na verdade, encobrir um esquema de uso falso de atestados médicos.

O alvo do mandado é um ex-aluno de enfermagem com ascendência judaica. Ele teria feito a escrita junto com a ameaça de morte a um aluno judeu. A suposta vítima, no entanto, era ele próprio.

Segundo o delegado Arthur Lopes, titular da Delegacia de Repressão ao Racismo e Delitos de Intolerância (DRRDI), o homem buscava despistar suspeita que havia sobre ele por uso falso de atestados na UFSC.

Em Florianópolis, onde o ex-aluno mora, cinco carimbos médicos falsos e diversos atestados foram encontrados. O homem prestou depoimento, confessou a situação e afirmou que nunca sofreu ameaça enquanto estudou na universidade.

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A suspeita da polícia é de que ele usava os documentos nas aulas desde 2016, quando ingressou na UFSC. A partir de 2022, também teria começado a utilizar receitas médicas falsificadas para conseguir adquirir medicamentos de uso controlado.

A pichação foi encontrada em 1º de novembro de 2022 no banheiro do Centro de Ciências da Saúde (CCS), no campus de Florianópolis. Desde então, os policiais investigam o caso. O investigado pediu desligamento da universidade no ano passado.

Inicialmente, a DRRDI apurava os crimes de ameaça, injúria racial e apologia ao nazismo. Com as novas informações, os policiais investigam também os crimes de falsificação de documento e de uso de documento falso. As apurações seguem.

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No Brasil, a Lei nº 7.716, de 1989 prevê como crime “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”, tal como outras formas de divulgação do nazismo.

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