
Investigadores da Polícia Civil confirmaram nesta quarta-feira (23) o nome do principal suspeito pela morte da estudante da Universidade de São Paulo, encontrada sem vida na Zona Leste da capital paulista.
Esteliano José Madureira, de 43 anos, foi reconhecido a partir de um retrato falado gerado com apoio de inteligência artificial, com base em imagens de câmeras de segurança analisadas pelas equipes do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A polícia pediu a prisão temporária do suspeito, e a decisão está nas mãos da Justiça. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do acusado.
A estudante Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, havia desaparecido no dia 13 de abril, após sair da estação Itaquera da Linha 3-Vermelha do Metrô. Imagens de câmeras registraram o momento em que um homem passa a segui-la.
“Nossas equipes buscam localizar esse homem, que sabemos que é morador da região, mas não conhecia a vítima. Nos vídeos analisados, ele aparece seguindo a estudante. Depois, as imagens não mostram mais nada nem os dois. Suspeitamos que ele a agarrou e a levou para o local onde a matou”, disse Ivalda Aleixo, diretora do DHPP.
O corpo foi encontrado quatro dias depois, em um estacionamento nos arredores do terminal. Segundo a perícia, a vítima apresentava sinais de violência física, queimaduras e estava com parte das roupas íntimas ao lado.
O que diz a perícia sobre a morte da estudante?
Um laudo preliminar indicou que a provável causa da morte foi estrangulamento. No entanto, os investigadores ainda aguardam o laudo definitivo, que depende de análises complementares.
A polícia realizou uma operação na noite de terça-feira (22) para tentar prender o suspeito, mas ele não foi localizado. As autoridades afirmam que ele não tinha relação com a jovem e agiu sozinho.
Antes de desaparecer, Bruna havia passado o dia na casa do namorado, no Butantã, Zona Oeste de São Paulo. O ex-marido, o atual companheiro e familiares da vítima já foram ouvidos no inquérito.
Igor Rafael Sales, namorado da jovem há três meses, relatou o impacto ao perceber seu desaparecimento: “Quando vi que ela não tinha chegado, foi um choque”.
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