enterro simbólico

Rio de Paz protesta contra a morte de crianças palestinas em Gaza

Manifestação foi feita nas areias de Copacabana cobertas por mortalhas

As areias de Copacabana foram cobertas por 120 mortalhas que representavam o número aproximado de crianças palestinas que morrem diariamente.
(Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

As areias de Copacabana foram cobertas por 120 mortalhas que representavam, segundo o fundador da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, o número aproximado de crianças palestinas que morrem diariamente em Gaza. A manifestação foi organizada pela ONG que estendeu ainda uma faixa com a pergunta Why?, Porquê? em inglês. As mortalhas brancas estavam manchadas de vermelho. Ao lado de cada uma tinha uma bandeira da Palestina e, em algumas, rosas vermelhas.

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A Rio da Paz começou a montar a manifestação às 4h e às 6 já estava com todas expostas. Às 10h45 dois integrantes da ONG cavaram uma cova na areia para o enterro simbólico das crianças. Ao fim, as mortalhas foram recolhidas pela Rio de Paz.

Para Antônio Carlos Costa, o Hamas é um grupo genocida e antissemita que não pode ser visto em hipótese alguma como a luta do oprimido contra o opressor. O Hamas foi o responsável pelo ataque a Israel no dia 7 de outubro, que provocou o início da guerra no Oriente Médio após a resposta de Israel.

“Não é luta do oprimido contra o opressor praticar estupro, degolar crianças, executar famílias inteiras. Isso é a barbárie. Agora, o que não pode é uma resposta a um ato criminoso inominável, se matar crianças. Quatro mil aproximadamente foram mortas desde que Israel começou a enviar essa chuva de mísseis sobre Gaza. A situação, portanto, é totalmente desesperadora”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Segundo o fundador da ONG, a questão tem a ver com o Brasil porque o planeta é pequeno e o que ocorre lá reflete aqui. “Se houver uma terceira guerra mundial vai afetar todo o mundo. Hoje em razão dos meios de comunicação e das redes sociais o que falamos aqui pode chegar lá”, explicou.

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Antônio Carlos Costa fez uma comparação entre as ações no Oriente Médio e as operações policiais no Rio de Janeiro. “Nós enfrentamos um problema análogo aqui no Rio de Janeiro. Muitos justificam as operações policias usando o mesmo princípio que está sendo aplicado em Gaza, quer dizer, polícia pode entrar na comunidade, mata morador, porque afinal de contas está caçando traficante, o que é isso? Não podemos elevar à condição de princípio essa espécie de autodefesa, que você na ânsia de matar o bandido, no caso de Israel o terrorista, você se esquece de civis inocentes”, observou.

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