O número de mortes por leptospirose no Rio Grande do Sul aumentou para 17, devido à exposição da população às enchentes que atingiram o estado por mais de um mês.
A leptospirose é uma doença infecciosa febril transmitida pelo contato com a urina de animais infectados, principalmente roedores, pela bactéria leptospira. Segundo o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), quatro mortes ainda estão sendo investigadas e outras sete foram descartadas.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que foram notificados 4.516 casos de leptospirose. Desses, 242 foram confirmados, 1.004 foram descartados e 3.270 estão em investigação.
Sobre a leptospirose
A leptospirose pode ocorrer em qualquer época do ano, mas o risco de contágio aumenta significativamente durante inundações, enxurradas e deslizamentos de lama.
A bactéria penetra mais facilmente no organismo humano através de ferimentos ou arranhões. É crucial que os moradores das áreas mais afetadas pela chuva tomem precauções, como usar calçados ao caminhar em áreas alagadas, evitar contato com roedores (os principais transmissores da doença) e lavar bem os alimentos.
Saúde estima até 1,6 mil casos
O Ministério da Saúde estima até 1,6 mil casos de leptospirose no RS devido às enchentes. Esse número é quatro vezes maior que os 400 casos registrados em todo o ano de 2023 no estado. A projeção foi divulgada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, em coletiva de imprensa realizada no dia 29 de maio em Porto Alegre.
“Há tratamento para leptospirose, e por essa razão, nós recomendamos – queria enfatizar isso – que não se espere a confirmação do diagnóstico. Temos testes, o laboratório central está processando esse material, mas o tratamento deve começar assim que os sintomas forem verificados”, ressaltou. Nísia também destacou a importância de evitar a automedicação e garantiu que há atendimento de saúde disponível.