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Telegram continua sem colaborar com investigações de crimes virtuais, diz Polícia Federal

Published 14/06/2022
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Logo do Telegram (Créditos: Carl Court/Getty Images)

A Polícia Federal (PF) afirmou que o aplicativo de mensagens Telegram continua sem entregar ”respostas efetivas” sobre os possíveis crimes cibernéticos que ocorrem na plataforma. A afirmação é ​do delegado Cléo Mazzotti, chefe da divisão de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal.

“A PF ainda está tentando conversar com o escritório para alinhavar caminhos, ver qual a melhor forma de encaminhar e ter os pedidos atendidos. O fato é que até o momento não estamos tendo respostas efetivas ao que foi solicitado [nas investigações]”, disse Mazzotti.

O delegado ainda disse que a equipe da PF já se reuniu com os novos representantes da empresa, mas que as respostas dentro das investigações ainda são insuficientes.

Para a PF, o aplicativo tem sido utilizado como meio seguro para prática de crimes graves, como o compartilhamento de pornografia infantil. O Telegram ainda é visto como uma das principais preocupações para as eleições de 2022 pelo risco de disseminação de fake news.

O aplicativo já esteve sob risco de ser banido do país por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Em março, Moraes acolheu pedido da PF e determinou o bloqueio da plataforma —a medida foi revertida após a empresa assumir compromissos sobre moderação e combate à desinformação.

Sobre um possível novo bloqueio, Mazzotti diz que ainda não vê razões para voltar a acionar o Supremo sobre as omissoes do aplicativo. “Ainda entendo que não temos de comunicar [o Supremo]. Estamos conversando com a empresa”, disse o delegado.

*Com informações da Folha de S.Paulo*

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