16 policiais detidos

Tenente acusado de dirigir carro em execução de delator do PCC em aeroporto é preso

Um policial militar foi detido acusado de atuar como motorista do veículo usado no assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do PCC.
À esquerda, o Tenente Fernando Genauro da Silva. À direita, câmera do aeroporto no momento da execução de Gritzbach – Crédito: Reprodução

Um oficial da Polícia Militar foi detido neste sábado (18), acusado de atuar como motorista do veículo usado no assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do PCC, ocorrido no Aeroporto Internacional de São Paulo, em novembro do ano passado. Com essa prisão, o número de policiais envolvidos no caso chega a 16.

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Quem era o delator e qual sua relação com o PCC?

Gritzbach, apontado como integrante de um esquema de lavagem de dinheiro da facção criminosa, firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público, revelando nomes de envolvidos no PCC e denunciando policiais por corrupção.

O preso, identificado como 1º tenente Fernando Genauro da Silva, de 33 anos, foi capturado em Osasco, na Grande São Paulo, onde reside. Ele prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e, posteriormente, foi levado ao Presídio Romão Gomes, destinado a policiais militares. A operação contou com o apoio da Corregedoria da PM.

Polícia busca rastrear conexões e possíveis mandantes

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Gritzbach foi alvejado com tiros no desembarque do Terminal 2. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, em nota, “as forças de segurança do estado são instituições legalistas e que nenhum desvio de conduta será tolerado“. A força-tarefa segue investigando o crime.

Na última quinta-feira (16), 15 policiais militares também foram presos, incluindo 14 que atuavam como seguranças do delator e um acusado de efetuar os disparos. Outro suspeito, considerado “olheiro” e responsável por avisar os atiradores sobre a chegada da vítima, continua foragido.

Na sexta-feira (17), uma modelo, apontada como namorada do “olheiro“, foi presa, assim como outro suspeito de ajudar na execução.

Como as investigações começaram?

As apurações tiveram início em março de 2024, após denúncia anônima sobre o vazamento de informações sigilosas para integrantes do PCC. A Corregedoria descobriu que policiais militares, ativos e aposentados, repassavam dados estratégicos que favoreciam a facção, incluindo Gritzbach.

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Outra denúncia, recebida em outubro, apresentou imagens de policiais escoltando o empresário durante uma audiência na Zona Oeste de São Paulo. Isso levou à abertura de um inquérito militar. Em 8 de novembro, ele foi executado enquanto desembarcava de uma viagem a Alagoas, carregando joias e outros bens avaliados em mais de R$ 1 milhão.

Os policiais suspeitos foram identificados por meio de cruzamento de dados de celulares, sistemas de reconhecimento facial e sinais de telefonia. O cabo Denis Antonio Martins, apontado como o atirador, foi localizado graças à quebra de sigilo telefônico, que o colocou na cena do crime.

Leia também: Homem é baleado e morto no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em SP

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