Divulgado os carros mais perigosos que estão à venda no Brasil

Carros que falharam no teste de colisão Créditos: depositphotos.com / phonlamai
Carros que falharam no teste de colisão Créditos: depositphotos.com / phonlamai

A segurança veicular é um tema que frequentemente ganha destaque quando se fala sobre inovações no setor automotivo. A discrepância entre as normas de homologação de automóveis no Brasil e os padrões internacionais é notável e tem sido evidenciada pelos testes do Latin NCAP, uma organização que avalia a segurança de veículos na América Latina desde 2010. Com regras inspiradas nos rigorosos critérios do Euro NCAP, o desempenho de muitos veículos fabricados no Brasil foi, historicamente, aquém do ideal.

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Nos primeiros anos de testes, modelos como Chevrolet Agile, Fiat Palio e Volkswagen Gol não conseguiram boas avaliações, destacando a carência em segurança dos automóveis nacionais. No entanto, com mais de uma década de avaliações, houve uma evolução.

A introdução de equipamentos de segurança, como airbags e freios ABS, tornou-se padrão, seguido mais recentemente pelo controle de estabilidade. Apesar disso, ainda existem veículos que apenas atendem ao mínimo exigido, o que não os favorece nos testes do Latin NCAP.

Quais Carros Ainda Carecem de Segurança Adequada no Brasil?

Atualmente, há modelos de automóveis vendidos no Brasil que foram mal classificados em testes recentes de segurança. O Latin NCAP adota um sistema de pontuação que vai até cinco estrelas, sendo três estrelas um resultado médio. Isso significa que carros com avaliações de até duas estrelas não atenderam adequadamente aos critérios de segurança avaliados. A seguir, são destacados alguns destes modelos.

Teste de colisão em carros Créditos: depositphotos.com / EvgeniyShkolenko
Teste de colisão em carros Créditos: depositphotos.com / EvgeniyShkolenko
  • Citroën C3: Mesmo com uma nova plataforma, o C3 recebeu nota zero. Equipado com apenas dois airbags, o modelo mostrou fragilidade estrutural em diversos testes e foi criticado pela falta de tecnologias de segurança ativa e airbags laterais.
  • Fiat Argo/Cronos: Ambos zeraram no teste mais recente, devido à ausência de airbags laterais e, na época, controle de estabilidade. As avaliações revelaram desempenho insuficiente em impactos frontais, comprometedores para motorista e passageiros.
  • Fiat Mobi: Em um teste realizado em 2017 sob um protocolo menos rigoroso, o Mobi obteve apenas uma estrela. Falhas significativas foram observadas no impacto lateral, levantando preocupações sobre a segurança dos ocupantes.

Como Melhorar os Padrões de Segurança dos Automóveis?

A melhoria nos padrões de segurança veicular depende de uma combinação de regulamentação governamental e tecnologias inovadoras por parte das montadoras. A introdução obrigatória de sistemas como controle de tração, aviso de cinto de segurança e tecnologias de assistência ao motorista podem elevar significativamente a segurança. Adicionalmente, o aumento da conscientização dos consumidores sobre a importância das avaliações de segurança pode motivar as montadoras a investir mais em desenvolver veículos seguros.

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Os Desafios e as Perspectivas Futuras

Embora tenha havido progressos, ainda há um longo caminho a percorrer para que os veículos vendidos no Brasil alcancem um padrão de segurança que possa competir globalmente. A pressão crescente tanto de entidades de segurança quanto de consumidores bem informados pode ser um catalisador vital para acelerações nas melhorias. Criar regulamentos mais rígidos, alinhados com padrões internacionais, pode garantir um ambiente automotivo seguro e competitivo no país.

Por outro lado, a evolução tecnológica traz esperança. A implantação de carros conectados e o desenvolvimento de sistemas autônomos abrem novos horizontes para a segurança no trânsito, apresentando tanto desafios quanto oportunidades inéditas no setor automotivo.

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