Tudo indicaria que mais cedo ou mais tarde os câmbios automáticos acabarão se impondo mundialmente e ameaçam as transmissões manuais que serão esquecidas ou limitadas a um nicho reduzido e específico para quem gosta de trocar.
Porém, essa mudança de paradigma não estaria necessariamente relacionada apenas à eletrificação, que vai substituir gradativamente as mecânicas pela combustão, mas aos novos equipamentos de segurança, muitos deles já presentes em vários modelos.
Conforme divulgado pela Quatro Rodas, graças às contribuições da Automotive News Canadá, os sistemas de segurança não coincidem nem funcionam com as transmissões mecânicas, mesmo os câmbios manuais podem ser mais complexos que os automáticos, que utilizam diversos componentes eletrônicos.
Em muitos casos, um dos sistemas que anula a transmissão manual é o freio de emergência automático, um elemento que está se tornando cada vez mais comum na maioria dos veículos em diferentes partes do mundo.
A Subaru, por exemplo, considera seus modelos automáticos mais seguros pela combinação do freio de estacionamento eletrônico e o pacote de direção semi-autônomo Eyesight.
De qualquer forma, essas considerações não significam que novas tecnologias não possam ser incorporadas aos carros com caixa de câmbio manual, mas que essa decisão também depende de uma questão de custo.
A incompatibilidade com os câmbios manuais aparece principalmente nos novos modelos elétricos e híbridos, pois é difícil combinar este tipo de transmissão com os novos impulsores.
*Texto publicado originalmente no site Parabrisas, da PERFIL Argentina.