mudanças climáticas

Estudo da ONU aponta recorde de gases de efeito estufa em 2023

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Concentração de gases estufa na atmosfera bateu recorde em 2023, segundo estudos da ONU – Créditos: Canva

As mudanças climáticas continuam a ser um desafio significativo para todas as nações do mundo, e os dados recentes sugerem que os esforços atuais podem não ser suficientes para mitigar seus efeitos. Em 2023, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) reportou um aumento nas concentrações de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), evidenciando que esses níveis atingiram patamares históricos.

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Este aumento na concentração de gases na atmosfera está ocorrendo a uma rapidez sem precedentes na história da humanidade, destacando a necessidade urgente de ações mais contundentes. As estimativas de que o CO2 e outros gases, como o metano, aumentaram significativamente desde o período pré-industrial, reforçam a complexidade do desafio.

Por que as concentrações de gases CO2 estão em alta?

A elevação dos níveis de CO2 pode ser atribuída a diversos fatores. Entre os mais significativos estão os incêndios florestais, que têm contribuído consideravelmente para a liberação de grandes volumes de carbono na atmosfera. Eventos desse tipo, que ocorreram em regiões como a Amazônia e o cerrado, ilustram a gravidade da situação.

Além disso, a leitura atual da OMM indica que as concentrações de CO2 já são 51% superiores aos níveis observados antes de 1750, no início da Revolução Industrial. Este aumento é alarmante, pois a presença de tais gases intensifica o aquecimento global e provoca alterações climáticas devastadoras.

As NDCs: metas insuficientes para conter o aquecimento

Um segundo estudo, realizado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), avaliou as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). Estas metas, anunciadas por diferentes países, visam reduzir a emissão de gases de efeito estufa, porém estão longe de ser efetivas.

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As atuais promessas formuladas no âmbito das NDCs projetam uma redução de apenas 2,6% nas emissões até 2030, comparando-se aos níveis de 2019. Para evitar impactos mais graves, especialistas apontam que seria necessária uma redução de 43% até o mesmo prazo.

O que pode ser feito para inverter o cenário?

Diante do cenário desafiador, há um consenso sobre a necessidade de estratégias mais ambiciosas e eficazes para lidar com o problema. Aqui estão algumas ações recomendadas:

  • Adoção de Energias Renováveis: Promover o uso de fontes de energia limpa para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.
  • Reflorestamento: Ampliar projetos de plantio de árvores para sequestro de carbono, especialmente em áreas que sofreram desmatamento.
  • Inovações Tecnológicas: Investir em tecnologias que ajudem a capturar e armazenar carbono de forma eficaz.
  • Políticas Governamentais Rigorosas: Estabelecer e cumprir regulamentos que limitem as emissões de gases de efeito estufa.

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