
O verme-de-veludo da Nova Zelândia, conhecido cientificamente como Peripatoides novaezealandiae, conquistou o título de Inseto do Ano de 2025 na Nova Zelândia. Este concurso, promovido pela Sociedade Entomológica da Nova Zelândia, visa destacar a diversidade e peculiaridade dos insetos, atraindo votos de todo o mundo. Com quase 25.000 votos, a competição contou com a participação de entusiastas de várias regiões, incluindo América do Norte, Europa e Austrália.
O verme-de-veludo é um invertebrado de corpo mole que remonta a milhões de anos, sendo frequentemente referido como um “fóssil vivo”. Este animal peculiar habita áreas frescas e sombreadas da Nova Zelândia, Austrália, África, América do Sul e partes da Ásia. Com um comprimento que varia de 2 a 5 centímetros na Nova Zelândia, eles podem ser encontrados em tamanhos maiores em outras regiões.
Por que o Verme-de-Veludo é tão especial?
Apesar de sua aparência semelhante a uma lagarta, o verme-de-veludo possui características únicas que o tornam um predador eficiente. Suas pernas curtas e grossas permitem que ele se mova por folhas em decomposição, enquanto seu corpo macio ao toque lhe confere o nome de “verme-de-veludo”. No entanto, não se deixe enganar por sua aparência inofensiva; ele é um predador voraz.
Durante o dia, esses invertebrados se escondem em troncos em decomposição, aguardando a escuridão para caçar. À noite, eles utilizam jatos de fluido pegajoso para capturar suas presas, dissolvendo seus interiores com saliva para criar uma sopa nutritiva. Este método de alimentação é uma adaptação evolutiva fascinante que destaca a complexidade do comportamento dos vermes-de-veludo.
Como a competição inseto do ano promove a conscientização?
A competição Inseto do Ano não oferece prêmios monetários, mas desempenha um papel crucial na conscientização sobre a importância dos insetos no ecossistema. Através de doações e do engajamento do público, a competição incentiva as pessoas a observarem mais de perto as “criaturas rastejantes” ao seu redor, fotografando e aprendendo mais sobre elas.
Jenny Jandt, professora sênior da Universidade de Otago e membro do comitê da competição, expressou a esperança de que a iniciativa inspire uma apreciação mais profunda pela biodiversidade dos insetos. Com o verme-de-veludo recebendo destaque, espera-se que mais pessoas se interessem por essas criaturas frequentemente subestimadas.
Quais foram os outros destaques da competição?
O segundo lugar na competição foi conquistado pelo louva-a-deus da Nova Zelândia, seguido pelo colêmbolo gigante, conhecido por se alimentar de fungos e lodo. Curiosamente, o último lugar ficou com a mosca-dobson da Nova Zelândia, o maior inseto aquático do mundo, apelidado de “mordedor de dedo do pé” devido a encontros anteriores com humanos.
Os entusiastas dos insetos já podem começar a pensar em seus favoritos para a competição de 2026, com indicações abertas até julho. Este evento anual continua a celebrar a diversidade dos insetos, promovendo uma maior compreensão e apreciação por essas criaturas essenciais ao equilíbrio ecológico.
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