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BC: cortes de 0,25 ou 0,5 ponto são compatíveis com meta de inflação

Published 08/08/2023
Mobilização de servidores do BC atrasa divulgação do boletim Focus

A previsão é de que os indicadores sejam divulgados apenas nesta terça-feira (30) - Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) avaliou que tanto uma redução da Selic, a taxa básica de juros, em 0,25 ponto percentual, quanto um corte de 0,5 ponto percentual seriam compatíveis com a convergência de inflação para a meta.

Para os membros do colegiado, em reunião na semana passada, a evolução do cenário e a forte queda da inflação permitiram “acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”. 

“Qualquer que fosse a decisão, era consensual que um cenário com expectativas de inflação com reancoragem apenas parcial, núcleos de inflação ainda acima da meta, inflação de serviços acima do patamar compatível com a meta para a inflação e atividade econômica resiliente requer uma postura mais conservadora ao longo do ciclo de flexibilização da política monetária. Mais ainda, ambas as opções, a depender do ciclo empreendido, seriam compatíveis com a convergência da inflação para a meta”, diz a ata da reunião, divulgada nesta terça-feira (8) pelo BC.

Na ocasião, o BC decidiu reduzir a Selic de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano. Foi o primeiro corte de juros em três anos.

A última vez em que o BC tinha reduzido a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano, em meio à contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em março de 2021, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

A taxa Selic é o principal instrumento de BC para alcançar a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O Copom também informou que os membros do colegiado preveem, por unanimidade, cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões. Segundo a ata, o órgão avalia que esse será o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista (juros que desestimulam a economia) necessária para controlar a inflação.

“A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação com reancoragem parcial, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária”, diz a ata.

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