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BC pode manter juros elevados por mais tempo, sinaliza Galípolo

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Galípolo sinalizou que juros podem permanecer elevados – Créditos: Roque de Sá/Agência Senado

O futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, trouxe à tona discussões acerca da direção da política monetária brasileira. Durante um evento promovido pela XP nesta segunda-feira (2), Galípolo sugeriu que a instituição pode adotar uma postura mais contracionista, indicando que a taxa básica de juros pode se manter elevada por um período mais extenso.

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De acordo com o economista, tal abordagem se justifica pelo cenário econômico mais dinâmico do que o previsto, combinado com uma desvalorização da moeda. Galípolo, entretanto, não ofereceu previsões claras sobre as decisões futuras do Comitê de Política Monetária (Copom).

“Parece relativamente lógico imaginar isso e em cima desse movimento que aconteceu ao longo do ano que o Banco Central foi migrando gradativamente de um ciclo de corte para uma pausa e (para) o ciclo de alta de juros”, disse.

Qual é o impacto de uma política monetária contracionista?

Em geral, essa estratégia é adotada para frear a inflação e controlar o consumo excessivo. Quando a Selic está alta, o crédito fica mais caro, reduzindo o consumo e, potencialmente, desacelerando o crescimento econômico.

No caso do Brasil, a decisão de elevar a Selic para 11,25% na última reunião do Copom reflete a tentativa do BC de equilibrar os desafios econômicos atuais. Tal medida pode impactar desde financiamento para empresas e aquisições até o mercado imobiliário, influenciando diretamente o cotidiano dos cidadãos.

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“A gente não vai dar nenhum guidance agora, às vésperas do Copom, sobre o que a gente vai fazer nas próximas reuniões nem para a próxima reunião. Agora, neste momento, não vamos comunicar nada neste sentido”, disse Galípolo

Quais são as perspectivas para as reuniões futuras do Copom?

Apesar das sugestões de uma política monetária mais restritiva, Galípolo enfatizou que o BC não fornecerá orientações antecipadas sobre as decisões nas futuras reuniões do Copom. A postura de cautela é mantida para não gerar expectativas desnecessárias ou influenciar o mercado de forma prematura.

Ao adotar essa estratégia de comunicação, o Banco Central busca mitigar especulações no mercado financeiro e garantir uma maior flexibilidade em suas decisões, adaptando suas políticas às condições econômicas à medida que se desenrolam.

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