máxima histórica

Dólar fecha acima de R$6 com ameaças de Trump e temor fiscal

dólar
Dólar fecha o dia acima de R$6m marcando o quarto dia seguido de máxima histórica – Créditos: depositphotos.com / Bushko

O dólar fechou a sessão desta segunda-feira (2) em R$6,06. A moeda manteve sua alta história diante da reação do mercado ao pacote de corte de gastos apresentado semana passada. Ao mesmo tempo, ameaças comerciais de Donald Trump ao BRICS fizeram com que o temor piorasse ainda mais.

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Em contraste, o Ibovespa apresentou um leve recuo. Este índice, que é uma referência do mercado de ações brasileiro, caiu 0,12%, atingindo 125,5 mil pontos por volta do final do dia. O contraste entre o desempenho do dólar e do mercado de ações reflete um ambiente econômico turbulento. Neste contexto, investidores estão buscando realinhar suas estratégias diante de incertezas internas e externas.

Qual é o cenário econômico internacional?

No cenário global, a atenção está voltada para os Estados Unidos, onde serão divulgados importantes dados econômicos nesta sexta-feira (6). Um deles será o relatório de emprego, que pode influenciar a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre a política de taxas de juros. No momento, há uma expectativa de de um corte de 25 pontos-base na próxima reunião do Fed, embora essa probabilidade tenha sido maior no mês anterior.

Soma-se a isso as ameaças fiscais internacionais como as feitas por Donald Trump, que impactam diretamente a confiança nos mercados estrangeiros. No último sábado, o republicano exigiu que os países membros do BRICS se comprometessem a não criar uma nova moeda que pudesse substituir o dólar americano.

“Exigimos que esses países se comprometam a não criar uma nova moeda do Brics nem apoiar qualquer outra moeda que substitua o poderoso dólar americano, caso contrário, eles sofrerão 100% de tarifas e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia norte-americana”, escreveu em sua plataforma de mídia social, Truth Social.

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Perspectivas para o Brasil em 2025

De acordo com o boletim Focus do Banco Central, as expectativas para a economia brasileira em 2025 mostram um aumento nas previsões de juros, inflação e câmbio. As projeções para a taxa Selic subiram para 12,63%. Essa subida reflete uma terceira edição consecutiva de expectativas de alta para o próximo ano. Para 2024, a previsão se estabilizou em 11,75%.

Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, também foi revisado para cima pela sétima vez consecutiva. Esse ajuste corrobora a tendência de inflação alta prevista para os próximos anos, aproximando-se do teto da meta.

Novas medidas econômicas do governo

  1. Anúncio de um pacote fiscal visando gerar uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos.
  2. Envio ao Congresso do projeto de lei para isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil.
  3. Estas medidas refletem promessas de campanha e tentam moderar o impacto econômico negativo que elevou o dólar.

Essas iniciativas, embora direcionadas a ajustar as contas públicas, geraram incertezas nos mercados financeiros, aumentando a volatilidade no câmbio e nos índices de ações. O desenvolvimento desses temas continuará a ser crucial para o futuro econômico do Brasil e sua posição no cenário global.

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