O Brasil deverá encerrar 2020 com uma safra recorde de café, de acordo com estimativa do quarto levantamento da safra de café 2020 divulgado hoje (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Segundo o com o levantamento, para a safra de café 2020 no Brasil a expectativa é a produção de 63,08 milhões de sacas beneficiadas de café arábica e conilon. O Conab informou que essa será “a maior safra da história”, com um aumento de 27,9% na comparação com a colheita de 2019; e de 2,3% sobre o recorde anterior, obtido em 2018 (61,7 milhões de sacas).
“Além da bienalidade positiva do café arábica, o clima também contribuiu para o desenvolvimento das lavouras. A produção do grão superou a de 2018, chegando a 48,77 milhões de sacas. Em relação ao ano passado, o aumento é de 42,2%. Já o conilon, com produção estimada em 14,31 milhões de sacas, não teve o mesmo desempenho. O volume foi 4,7% menor que o obtido na safra anterior, o que pode ser atribuído às poucas chuvas nas regiões produtoras do Espírito Santo, principal produtor da variedade”, informa a Conab.
Segundo a companhia, o estado que terá a maior produção de café é Minas Gerais, com 34,65 milhões de sacas, número 41,1% maior do que o obtido em 2019. O carro chefe foi o café arábica, que responde por mais de 90% do café do estado.
Em segundo lugar está o Espírito Santo, que produziu 13,96 milhões de sacas ao longo do ano. Na comparação com o ano anterior, a safra apresenta uma redução de 12,41%. Foram 9,19 milhões de sacas de conilon e 4,77 milhões de sacas de arábica.
São Paulo está em terceiro lugar, com 6,18 milhões de sacas e aumento de 42,4%. Segundo a Conab, a Bahia totalizará 3,99 milhões de sacas, o que representa um acréscimo de 32,9%, na comparação com a produção obtida em 2019. Rondônia produziu 2,44 milhões de sacas (crescimento de 11,2%).
A Conab informa que, em novembro, as exportações brasileiras de café foram recordes. “O aumento foi de 32% sobre o mesmo mês de 2019, com o embarque de 4,3 milhões de sacas (60 kg), considerando-se a somatória de café verde, solúvel e torrado/moído. De julho a novembro, foram 19,8 milhões de sacas, o que representa aumento de 15% sobre 2019”.
A companhia informou que a competitividade do café brasileiro no mercado mundial melhorou devido à valorização do dólar. Cerca de 74% da produção da safra 2020/21 já se encontrava comercializada em novembro. No mesmo período de 2019, este percentual estava em 71%.
Agência Brasil