mais de 100 milhões empregados

Desemprego atinge 7,1% em maio, menor patamar em dez anos

IBGE divulgou dados da PNAD Contínua nesta sexta-feira (28); número de trabalhadores com e sem carteira assinada bateu recordes de 2012

O Brasil ampliou em 232.513 o número de postos de trabalho com carteira assinada no mês de agosto de 2024, um aumento de 0,49%
O Brasil ampliou em 232.513 o número de postos de trabalho com carteira assinada no mês de agosto de 2024, um aumento de 0,49% – Créditos: Reprodução / Canva Fotos

A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,1% no trimestre encerrado em maio. É o que informa a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O valor é o mais baixo dos últimos dez anos – em maio de 2014, o indicador de desemprego também era de 7,1%. Em comparação com o primeiro trimestre, houve uma queda de 0,7%. Já em 2023, a taxa do segundo trimestre era de 8,3%.

De acordo com a pesquisa, o total de desocupados (pessoas que não tinham trabalho no período da pesquisa mas buscavam alguma ocupação) também diminuiu. Houve uma queda de 8,8% em comparação com o trimestre anterior e 13% com o ano anterior. Respectivamente, as porcentagens representam uma diminuição de 751 mil pessoas e 1,2 milhão de pessoas. Hoje, o levantamento aponta o total de desocupados como 7,8 milhões.

Menos desemprego: recorde de ocupados

A PNAD Contínua revelou uma alta de 1,1% na população ocupada neste trimestre, equivalente a 101,3 milhões de pessoas. Isso representa um crescimento de 3% em comparação com 2023. Além disso, o total quebrou o recorde de trabalhadores ativos, previamente estabelecido em 2012.

Conforme a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o cenário reflete uma tendência de maior procura dos trabalhadores por atividades econômicas, tanto no segmento formal como informal. “Há um fator sazonal no crescimento do grupamento de atividades Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, afirma

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Com e sem carteira assinada

Já que o número de ocupados em quebrou um recorde, o IBGE registrou também valores nunca vistos antes de trabalhadores com e sem carteira assinada.

No caso de empregados com carteira assinada, o número absoluto foi de 38,326 milhões, maior quantidade registrada desde a série histórica da PNAD Contínua. Diante do trimestre anterior, houve uma alta de 0,9%, equivalente a mais 330 mil pessoas no grupo. Já em comparação com o ano passado, o aumento foi de 4,1%, ou seja, a 1,5 milhão de trabalhadores.

“Esse recorde é fruto de acumulação de expansão trimestre a trimestre. A última queda trimestral para a carteira assinada no setor privado foi em 2020, em função da pandemia e os prejuízos que ela trouxe ao mercado de trabalho”, explica Adriana Beringuy, do IBGE.

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Por outro lado, os empregados sem carteira assinada são 13,7 milhões. A alta, que trouxe outro recorde, foi de 2,9% no trimestre e 5,7% no ano.

A expansão do mercado de trabalho como um todo teve uma participação importante da parcela de trabalhadores informais, tanto que a taxa de informalidade ainda é de 38,6%, mas é um crescimento mais impulsionado pelo ramo formal”, disse Beringuy.

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