Na manhã desta sexta-feira (20), o dólar atingiu mínimas em torno de R$ 6,05. Ontem, a moeda americana chegou a atingir a alta histórica de R$6,30. Durante a semana, o Banco Central (BC) do Brasil aumentou sua intervenção no mercado cambial. Esta intervenção incluiu a venda de dólares no mercado à vista, totalizando US$ 3 bilhões, em uma tentativa de controlar a cotação e estabilizar o cenário econômico.
Os investidores mantêm uma atenção constante no avanço das propostas de ajuste fiscal no Congresso Nacional, especialmente no que tange ao pacote de corte de gastos do governo federal. Há receios significativos de que as medidas apresentadas não sejam suficientes para equilibrar as contas públicas e controlar o aumento das despesas. Alterações nos projetos têm gerado incertezas, levando a uma volatilidade no mercado financeiro.
Por que a cotação do dólar flutua tanto no Brasil?
A cotação do dólar no Brasil é afetada por diversos fatores que incluem tanto condições econômicas internas quanto desenvolvimentos no mercado internacional. Internamente, as medidas fiscais e econômicas adotadas pelo governo, como aquelas observadas nos recentes pacotes de corte de gastos, impactam diretamente a percepção de risco dos investidores. Externamente, as políticas econômicas dos Estados Unidos, como as decisões de juros do Banco Central Americano (Federal Reserve), também desempenham um papel crucial.
Política monetária dos Estados Unidos
As decisões do Federal Reserve (Fed) sobre as taxas de juros nos Estados Unidos podem ter efeitos significativos sobre o câmbio brasileiro. Juros mais altos nos EUA tendem a atrair capitais para o país, fortalecendo o dólar e pressionando a desvalorização de moedas emergentes, como o real. Ao contrário, uma redução nos juros americanos pode levar a um alívio na pressão sobre o câmbio brasileiro, uma vez que torna os investimentos em ativos menos seguros, como os de mercados emergentes, mais atraentes.
Quais são as expectativas para o mercado brasileiro?
As expectativas para o mercado brasileiro, especialmente no que diz respeito à cotação do dólar e à bolsa de valores, estão estreitamente ligadas à evolução dos projetos econômicos no Congresso. O governo brasileiro tem como meta zerar o déficit público nos próximos anos, o que exige um aumento na arrecadação e um controle rigoroso das despesas. Analistas do mercado financeiro observam que, embora o pacote de reformas proposto seja um passo importante, medidas adicionais podem ser necessárias para garantir uma estabilização econômica duradoura.
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