A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda atualizou suas estimativas, elevando a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2% para 3,3%, nesta segunda-feira (18). Essa ligeira revisão reflete o desempenho do terceiro trimestre e um ajuste otimista para 2024.
Fazenda projeta expansão do PIB
Focando no crescimento econômico trimestral, o terceiro trimestre sinaliza um aumento nas expectativas de expansão do PIB, de 0,6% para 0,7%. Este ajuste indica uma moderada desaceleração no ritmo de atividades, influenciada, em parte, pelo forte crescimento do trimestre anterior.
O Boletim Macrofiscal, divulgado pelo SPE, fornece orientações significativas para entender os movimentos econômicos previstos até o fim do ano.
“A mudança na projeção reflete pequenas revisões nas estimativas de crescimento para o setor agropecuário e de serviços. Na margem, a perspectiva é de desaceleração no ritmo de crescimento, principalmente em função da forte expansão observada no segundo trimestre”, explicou a SPE, segundo a Agência Brasil.
Projeções para setores específicos da economia
As projeções setoriais da Fazenda indicam variações de desempenho entre a agropecuária, a indústria e os serviços. Para a agropecuária, a expectativa de declínio do PIB foi ajustada de 1,9% para 1,7%, incorporando novas projeções para lavouras como algodão, apesar da diminuição na produção de laranja e café. A indústria, por outro lado, deve crescer 3,5%, liderada por setores como a transformação e a construção, reforçada por estímulos governamentais e taxas de juros mais baixas do que em anos anteriores.
No setor de serviços, o crescimento projetado ajustou-se para 3,4% devido a condições favoráveis no mercado de trabalho e maior acesso ao crédito. Porém, o ritmo de crescimento poderá desacelerar nos próximos semestres, influenciado por uma base de comparação forte e pela menor quantidade de estímulos econômicos.
Como a inflação impacta a economia do Brasil?
A inflação continua sendo uma preocupação crítica. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi revisada de 4,25% para 4,4%, aproximando-se do teto da meta de inflação. A aceleração nos preços de itens voláteis, como alimentos, sugere desafios contínuos, apesar das expectativas de redução nos preços monitorados devido a mudanças nas bandeiras tarifárias de energia elétrica.
Outros índices de inflação também foram ajustados, com o INPC e o IGP-DI apresentando revisões para 4,4% e 6,4% respectivamente. As perspectivas para a inflação futura refletem efeitos inerciais e expectativas de mudanças econômicas, como ciclos de abate de bovinos e depreciação cambial.
CRESCIMENTO | O @MinFazenda elevou nesta segunda-feira (18/11) a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil em 2024. A expectativa, que era de alta de 3,2%, agora é de 3,3%.
A previsão está no Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica. pic.twitter.com/wqBN1W53ky
— CanalGov (@canalgov) November 18, 2024
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