Aumento dos preços

Inflação da Argentina termina 2022 em 94,8%

Segundo as estatísticas oficiais, esse foi um dos maiores aumentos registrados no mundo.

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Bandeira da Argentina (Crédito: Getty Images/Getty Images)

A inflação da Argentina acelerou pelo 11° mês seguido e foi a 94,8% em dezembro do último ano, nível que só havia sido alcançado em 1991. Os sados foram divulgados pelo Indec (Instituto Nacional de Estadística y Censos) nesta quinta-feira (12). 

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Segundo as estatísticas oficiais, esse foi um dos maiores aumentos registrados no mundo. Ele equivale a 2,4 pontos percentuais em relação ao mês anterior, que se encerrou em 92,4%. Em, dezembro a taxa mensal foi de 5,1%.

Em 1991 a taxa anual ficou em 102,4%, quando, em vários meses, houve aumentos interanuais de mais de 100%, após dois anos de hiperinflação superior a 1.000%, em 1989 e 1990. Os setores que puxaram o resultado foram os de restaurantes e hotéis (7,2%) e o de bebidas alcoólicas e tabaco (7,1%). Já os que apresentaram as menores altas foram os de comunicação (3,4%) e educação (3,9%). 

Os números na Argentina são preocupantes há meses. Em agosto, o país já havia acumulado uma inflação anual de 71%, a mais alta de todo o continente americano, superando, a da Venezuela.

Para tentar conter a inflação, o governo de Alberto Fernández lançou um plano de “Preços Justos“, um acordo com as empresas de alimentação e higiene destinado a congelar os preços de cerca de 2.000 itens de primeira necessidade até março e autorizar aumentos mensais de até 4% para outros 30.000 artigos.

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No ano de 2021 a Argentina fechou o ano com uma inflação de 50,9%. O governo espera controlar os índices e terminar 2023 em 60%.

Em relação aos integrantes do G20, a Argentina é o país com a maior inflação do grupo e a maior taxa de juros (75% em novembro de 2022).

 

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