INSS aumenta teto de juros do consignado para 1,85% ao mês

INSS aumenta teto de juros do consignado para 1,85% ao mês
Instituto Nacional do Seguro Social – Edificio Sede – Créditos: depositphotos.com / AngelaMacario

O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) anunciou recentemente um ajuste no teto de juros para empréstimos consignados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A taxa, que anteriormente era de 1,8% ao mês, foi elevada para 1,85%. Essa mudança foi proposta por Helio Queiroz da Silva, representante da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

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Embora a proposta de aumento tenha sido aceita, uma sugestão adicional para elevar a taxa do cartão de crédito consignado para 2,74% não foi aprovada. O teto de juros ajustado se aplica aos empréstimos consignados destinados a aposentados e pensionistas do INSS, refletindo um esforço para ajustar as condições de crédito para este público específico.

Propostas e argumentos das instituições financeiras

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos haviam sugerido um aumento mais significativo, para 1,99% ao mês, no crédito consignado. Além disso, propuseram elevar o teto dos juros do cartão de crédito consignado de 2,46% para 2,95% ao mês. As instituições financeiras argumentaram que um teto de juros considerado baixo poderia limitar a oferta de crédito, especialmente para grupos de maior risco, como idosos.

Conforme a Febraban, o aumento do teto para 1,8% em janeiro proporcionou um alívio nas operações de crédito para aposentados, permitindo que os bancos mantivessem o mesmo nível de desembolso registrado no início de 2024, totalizando R$ 12,5 bilhões. No entanto, as expectativas de aumento nas concessões líquidas em 2025 não se concretizaram, apesar das mudanças no salário mínimo e no prazo máximo de empréstimo.

Qual o impacto das decisões do CNPS?

O CNPS, composto por 15 conselheiros, desempenha um papel crucial na definição das políticas de crédito para aposentados e pensionistas. Com representantes do governo, aposentados, trabalhadores e empregadores, o conselho busca equilibrar os interesses de todas as partes envolvidas. Sob a presidência do ministro da Previdência, Carlos Lupi, o CNPS tem a responsabilidade de garantir que as políticas adotadas sejam sustentáveis e benéficas para os beneficiários do INSS.

INSS aumenta teto de juros do consignado para 1,85% ao mês
INSS – Créditos: depositphotos.com / AngelaMacario

As decisões recentes do CNPS refletem um esforço para ajustar as condições de crédito em resposta às mudanças econômicas e às necessidades dos aposentados. No entanto, a rejeição de propostas mais agressivas de aumento de juros sugere uma abordagem cautelosa em relação ao endividamento dessa população.

Desafios e perspectivas futuras

Os ajustes no teto de juros do consignado do INSS são parte de um cenário mais amplo de desafios enfrentados pelo sistema financeiro ao lidar com o crédito para aposentados. A busca por um equilíbrio entre acessibilidade ao crédito e sustentabilidade financeira continua a ser uma prioridade. As instituições financeiras e o CNPS devem trabalhar em conjunto para encontrar soluções que atendam às necessidades dos aposentados sem comprometer a estabilidade econômica.

O futuro das políticas de crédito consignado dependerá de fatores como a evolução econômica, as mudanças demográficas e as políticas governamentais. À medida que o Brasil avança, será crucial monitorar o impacto dessas decisões e ajustar as estratégias conforme necessário para garantir que os aposentados tenham acesso a crédito de forma responsável e sustentável.

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