INSS quer impedir que beneficiários do BPC gastem com apostas esportivas

INSS emite comunicado para quem recebe até um salário mínimo
Previdência Social – Créditos: depositphotos.com / AngelaMacario

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está analisando a possibilidade de implementar restrições ao uso dos recursos do Benefício de Prestação Continuada (BPC) em apostas esportivas. Esta iniciativa foi anunciada pelo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que destacou a preocupação com o desvio de finalidade do benefício. O BPC é destinado a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda e visa proporcionar um mínimo de dignidade àqueles em situação de alta vulnerabilidade social.

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Em uma recente entrevista, Stefanutto destacou que um estudo solicitado ao Banco Central revelou repasses de dinheiro do Bolsa Família, outro programa de assistência, para apostas esportivas. Essas informações levantaram questões sobre a gestão financeira dos benefícios sociais, exigindo um exame mais detalhado sobre o uso dos recursos do BPC.

Por que proibir o uso do BPC em apostas esportivas?

O BPC é vital para muitos brasileiros que não têm outra fonte de renda, oferecendo um salário mínimo mensal como forma de sustento. A iniciativa de avaliar o uso do benefício para apostas esportivas decorre da necessidade de garantir que o auxílio alcance seu objetivo de mitigação da pobreza e não seja utilizado de forma inadequada. Existe a preocupação de que, se o dinheiro do BPC estiver sendo gasto em jogos de azar, isso poderia indicar tanto concessão inadequada do benefício quanto mau uso dos recursos pelos beneficiários.

O presidente do INSS destacou que a regulamentação está em análise e será posteriormente apresentada ao Ministério da Previdência Social. O objetivo é criar uma norma que impeça o desvio de finalidade do BPC, garantindo que o auxílio chegue a quem realmente precisa.

Como funciona a proibição para outros beneficiários do INSS?

Para aposentados e pensionistas, o uso de recursos do INSS em apostas esportivas já é vedado. Uma medida introduzida anteriormente pelo governo federal estabeleceu que beneficiários que antecipam R$ 150 de seus benefícios mensais não podem utilizar esses recursos para apostas. Os bancos responsáveis por estes adiantamentos estão equipados para bloquear transações relacionadas a CNPJs de empresas de jogos de azar, prevenindo o uso indesejado dos fundos.

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BPC – Foto: Divulgação/Gov.br

Stefanutto enfatizou a importância de impedir que os beneficiários apostem esses recursos, sob o risco de fomentar vícios e de desviar os benefícios de sua finalidade principal. A regulação deste assunto visa proteger os beneficiários vulneráveis de situações financeiras ainda mais precárias.

Quais são os próximos passos?

O estudo técnico realizado pelo INSS será um passo crucial para definir as próximas ações em relação ao uso do BPC. Após a conclusão e revisão do estudo, o regulamento deverá ser submetido para aprovação do Ministério da Previdência Social. A expectativa é que a regulamentação ajude a proteger os beneficiários contra o uso irresponsável dos recursos e assegure que o benefício cumpra seu papel de suporte social.

O INSS segue comprometido em garantir que os benefícios cheguem adequadamente àqueles que mais dependem deles, minimizando os riscos de desvios e garantindo o suporte necessário para uma vida digna.

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